Esta é a tua taça – a taça que te foi
Destinada desde o princípio.
Não, Meu filho, sei quanta
Dessa bebida escura é fermentação tua,
De falha e paixão, desde há muitas idades atrás,
Desde os anos remotos de ontem, eu sei.
Esta é a tua estrada – uma estrada dolorosa e triste.
Fiz eu as pedras que nunca te dão descanso.
Deixei o teu amigo em caminhos aprazíveis e claros,
E ele virá como tu, até ao Meu peito.
Mas tu, Meu filho, tens de viajar aqui.
Esta é a tua tarefa. Não tem alegria nem graça,
Mas não se destina a qualquer outra mão,
E no meu universo tem o seu lugar medido,
Toma-a. Não te peço que compreendas.
Peço-te que feches os olhos para que vejas o Meu rosto.
Tradução de Cecília Rego Pinheiro
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