Ai, Senhora minha,
que deixei de ouvir
o roçar da seda
do vosso vestido.
Já o pó se acama
sobre o chão dos pátios
do palácio onde
não mais passeais.
As folhas mortas
vão-se amontoando
diante da porta
pra sempre fechada.
E o silêncio do
palácio nunca mais
será quebrado pelo
lindo riso vosso.
Meu pobre coração
não encontra sossego
e, sem esperança alguma,
em vão por vós chama.
Tradução de António Ramos Rosa
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