Escrevo-te hoje
Esta carta de amor
Poderia tê-la escrito há anos
Ou no porvir
Ardem as flores no olival
Cai um santo do pedestal
(cai sempre um santo do altar quando um louco fala de amor)
Passam putos e remendões sem que saibam o que faço
Eu também não Escrevo
São voltas do aparo no cérebro enegrecido da rapaziada
Estouvada
E no meu
Alma que vigia
A neve que rodopia no céu vermelho
A fechar olhos ao Sol
Que é de todos nós
Poeira e terra na promessa que havemos de pagar
Quando a terra nos comer
Os sexos desfeitos
Nas mãos descarnadas
Meu amor
Uma carta acaba sempre mais ou menos assim
A navegar em nau de fantasia
E esperança
E mete-se no correio
Ainda digo
Amo-te
Hoje sim
Amanhã não sei
(que hei-de eu saber do amanhã?)
http://www.homeoesp.org/livros_online.html
Esta carta de amor
Poderia tê-la escrito há anos
Ou no porvir
Ardem as flores no olival
Cai um santo do pedestal
(cai sempre um santo do altar quando um louco fala de amor)
Passam putos e remendões sem que saibam o que faço
Eu também não Escrevo
São voltas do aparo no cérebro enegrecido da rapaziada
Estouvada
E no meu
Alma que vigia
A neve que rodopia no céu vermelho
A fechar olhos ao Sol
Que é de todos nós
Poeira e terra na promessa que havemos de pagar
Quando a terra nos comer
Os sexos desfeitos
Nas mãos descarnadas
Meu amor
Uma carta acaba sempre mais ou menos assim
A navegar em nau de fantasia
E esperança
E mete-se no correio
Ainda digo
Amo-te
Hoje sim
Amanhã não sei
(que hei-de eu saber do amanhã?)
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