Um místico passava os seus dias concentrado na união com o Absoluto.
Mas, um dia, começou a divagar, a sua concentração desvanecera-se, os pensamentos sucediam-se em cascata, a sua paz dissipava-se.
Angustiado, disse:
“Demónio, por que razão me perturbas?”
O demónio, compadecido, disse-lhe:
“Ouve amigo. Tempos existiram em que o meu trabalho era árduo. Muitos havia a quem atormentar e eu desconhecia o tédio. Mas, agora, com tantos mestres falsos, gurus de encomenda e toda uma panóplia de vigaristas espirituais, são eles que fazem o meu trabalho, e pior do que isso, executam-no com perfeição.”
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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