O amor transformou-me em fogo vivo,
como uma nova salamandra no mundo,
tal como o animal não menos raro
que no mesmo sítio nasce e morre.
Todo o meu prazer e o deleite
é viver ardendo e não sentir dor,
sem preocupar-me com quem me impele
se tem ou não alguma piedade de mim.
Apenas o primeiro ardor estava extinto
foi outro a incendiar o Amor, ainda mais vivo
e maior do que todos os que provei.
Não me arrependo de arder de Amor,
se alguém roubar de novo o meu coração
há-de ficar com o meu ardor pleno e satisfeito.
Tradução de Jorge Henrique Bastos
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