Os que descem os degraus do dia
pelas margens do mar
trazem nos dedos os braços do mar.
Os que cavam os caminhos da fome
com os braços da fome
entulham o ventre de argila magoada.
E os que desenham o rosto da vida
com tintas de alegria descorada
estendem-se no rosto da vida.
Eis o meu dia. Suas dores.
No lenço truncado da noite
sem dia.
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