Minha loucura é sem nome,
meu demónio é sem remédio,
é um poder que me consome
contra o tédio.
Chamar-se-ia domínio
de amor, ou convalescença
do meu eterno fascínio
da doença.
E adoecer em teu nome,
consumar-me em tua chama,
resolver-me em teu jardim,
sair molhado de rosa
neste projecto sem fim
que o meu desejo proclama.
E gemer. Devagarinho
vão os pássaros da tarde.
Minha loucura é sem nome,
minha morte é sem alarde.
E eu já conheço o caminho...
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