Eu devo
um galo
a Asclépio
Não vos esqueçais disso
não vos perturbeis com a minha agonia
Eu devo
um galo
a Asclépio
As dívidas devem ser pagas
a prestação de contas é inevitável
Crescerá a grama sobre o meu túmulo
não mais terei noites de insónia
meus pés estarão ficando frios
minha cabeça será um vulcão de dúvidas
a vida não se encerra sem todos os acertos
lembrai-vos sempre das palavras de um velho
lembrai-vos sempre do momento que antecedeu a minha agonia
Eu devo
um galo
a Asclépio
Essa dívida é única
e infinita.
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