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Doces olhos
Doce negritude
A tua pele é uma túnica de pedra escura
O teu corpo pináculo de catedral
Teus seios o portal do desejo vivo e quente
Tua boca gerada da matéria mais pura
É o alimento que verto no sal do meu ventre
Em ti penso
E eternamente me contento
Num presente que não é tempo
Doce negritude
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