A OMS geriu muito mal, desde o início, a “pandemia”.
Alertada em 31 de Dezembro de 2019 por Taiwan para a existência de casos conhecidos de pneumonia atípica ocorridos na China, desvalorizou a informação, cometendo erros sobre erros (por incompetência ou para proteger interesses específicos de alguém…) - tratando-se de uma pneumonia atípica que em regra exige internamento, todos sabem, mesmo os menos esclarecidos dos médicos (apesar de já me ter acontecido perceber que um internista no hospital da Guarda desconhecia a patologia nos seus detalhes), coloca imediatamente a possibilidade de transmissão entre humanos; daí que a argumentação da OMS seja de todo patética.
Taiwan é o país no mundo com maior sucesso no combate ao Covid-19.
Com um pouco menos de 24 milhões de habitantes, faz parte dos denominados “Quatro Tigres Asiáticos”, não pertencendo à OMS por pressão da China.
A partir daquela data implementou um conjunto de medidas, que lhe permitiu nunca cessar a actividade nem a circulação interna de pessoas, num território onde muitos cientistas julgavam que seria o 2.º no mundo em casos (dista cerca de 130 km da China e tem mais de um milhão de cidadãos que residem nesse país).
No dia 26 do corrente mês tinha:
429 casos confirmados e
6 mortos.
Comparemos estes números com todos os outros de que dispomos.
Antes, vejamos também – Singapura, Hong Kong e Coreia do Sul (os restantes três tigres):
SINGAPURA – 13.624 confirmados e 12 mortes;
Singapura possui 5,612 mil hab/km², sendo o 2.º país mais povoado do mundo (o primeiro é o Mónaco).
HONG KONG – 1038 confirmados e 4 mortos;
Com cerca de 7,5 milhões de habitantes Hong Kong é uma das áreas mais densamente povoadas do mundo, com uma densidade total de cerca de 6.300 pessoas por quilómetro quadrado.
COREIA DO SUL – 10.728 confirmados e 242 mortos.
Com mais de 50 milhões de habitantes.
E Macau? Confirmados 45 e 0 mortes em cerca de 630.000 habitantes.
Impressionante.
Se devíamos seguir exemplos, aí os temos.
Mas ninguém fala deles; não convém. O presidente deixaria de se gabar do "milagre" português... Enfim!
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Não é só na Ásia que temos bons exemplos.
Na Europa vejam-se os números da Eslováquia, da Bulgária e muito em especial da Checoslováquia, que teve o primeiro caso confirmado um ou dois dias antes de Portugal e condições em muito semelhantes ao nosso país:
ESLOVÁQUIA – 1379 confirmados e 18 mortos;
Com 5,45 milhões de habitantes.
BULGÁRIA – 1300 confirmados e 58 mortos;
Cerca de 7 milhões de habitantes.
REPÚBLICA CHECA – 7387 confirmados e 220 mortos.
Com cerca de 10,6 milhões de habitantes e o primeiro na Europa a impor o uso obrigatório de máscaras nos locais públicos.
O que é que estes países têm em comum que os outros não têm?
O USO OBRIGATÓRIO DE MÁSCARAS.
Em Portugal tal uso foi desaconselhado, com argumentos “vergonhosos”, da OMS, de alguns médicos especialistas, Direcção-Geral da Saúde, Ministra da Saúde, com a conivência do primeiro-ministro, do presidente da República e alguns outros ignorantes.
Mas ainda vão dizer o contrário. As “tontinhas” já aceitam o seu uso como “medida adicional de carácter altruísta” - quando as desaconselharam vivamente desde o início da então epidemia. Imagine-se.
Então se eu altruisticamente uso uma máscara para não contagiar os outros, e os outros usarem também a máscara altruisticamente, nenhum de nós será infectado ou temos muito menos probabilidades de o ser.
Assim sendo, o USO OBRIGATÓRIO é mais do que uma medida altruísta, mas de segurança. Tristes são as figurinhas desta gente, que defendem o indefensável só porque são incapazes de assegurar máscaras a um preço justo a 10 milhões de pessoas (desculpas de mau pagador), seguindo o exemplo de Taiwan, República Checa, Áustria, Macau, Singapura, entre outros.
Portugal não se preparou. As autoridades chegaram a negar a hipótese da então epidemia atingir o nosso país - santa burrice.
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No dia 30 de Janeiro, quando escrevemos neste blogue o primeiro artigo sobre o Coronavírus alertámos para o USO DE MÁSCARAS quando enunciámos as medidas cautelares –
E não o escrevemos por se tratar de uma “invenção” nossa, antes pela experiência de países “confiáveis”, grupo do qual Portugal não faz parte.
Existiram fortes evidências durante a epidemia de Sars de 2003 apoiando o uso de máscaras em público. Um estudo de transmissão comunitária em Pequim descobriu que tal uso estava associado a uma redução de 70% no risco de contrair a Sars. Por outro lado, os dados em Hong Kong vieram demonstrar que usar uma máscara é provavelmente o factor mais importante em termos de controle de infecção.
Estes e outros bons exemplos foram seguidos pelos mencionados países asiáticos e por alguns europeus.
Portugal e todos os outros, desconheciam, ignoraram ou limitaram-se a tomar decisões em zigue-zague, tais crianças irresolutas e tacanhamente teimosas de creche-adulta.
Estes e outros bons exemplos foram seguidos pelos mencionados países asiáticos e por alguns europeus.
Portugal e todos os outros, desconheciam, ignoraram ou limitaram-se a tomar decisões em zigue-zague, tais crianças irresolutas e tacanhamente teimosas de creche-adulta.
Por outro lado é lamentável ver a triste figura de gente com “VISEIRAS”.
É evidente que não são as máscaras que dão a sensação de “falsa segurança” como afirmaram as autoridades de saúde, antes as asnáticas viseiras.
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Os dois vídeos que se seguem demonstram que, quer a DISTÂNCIA RECOMENDADA pelas autoridades de saúde quer as estéticas VISEIRAS se estribam em pressupostos errados.
Em substituição do original (traduzido) que "desapareceu"
Este é o vídeo original em inglês, editado no dia 03/4/2020
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Veja-se ainda este vídeo da BBC editado em 9/4/2020 no respectivo canal -
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Veja-se ainda -
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Por último, ainda que muito sucintamente, deixo uma pequena nota sobre
A PANDEMIA E O MEDO
Temos vindo a afirmar que o medo, principalmente o patológico e o pânico, diminui a eficiência do sistema imunitário – havemos de escrever sobre o assunto, apesar de estarmos conscientes de que poucos o irão ler ou valorar; a psiconeuroimunologia, não é infelizmente, matéria que desperte a atenção de especialistas e leigos.
Caso este esteja debilitado é óbvio que as defesas estão abertas às investidas dos microorganismos, nomeadamente do Coronavírus.
Os que conhecem os meus escritos sabem como prezo as histórias de Nasrudin, sábio sufi.
Ver HISTÓRIAS DE NASRUDIN I e II em –
Uma história de sabedoria do século XIII -
A peste deslocava-se para Bagdad tendo-se encontrado com Nasrudin, que de imediato a questionou:
- Para onde vais tu, Peste?
Ao que esta respondeu:
- Para Bagdad, onde tenciono matar dez mil pessoas.
Decorrido algum tempo, a Peste voltou a encontrar Nasrudin.
Nasrudin disse-lhe em tom de reprovação:
- Mentiste-me, Peste. Disseste que matarias dez mil pessoas e mataste cem mil.
A Peste respondeu sorrindo:
- Eu não menti, matei dez mil.
O resto morreu de MEDO.
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Nesta pandemia o MEDO, a SUBNUTRIÇÃO e a FOME podem provocar mais mortos do que o próprio Coronavírus.
E vai abrir as portas a um NOVO VÍRUS que poderá eclodir nos próximos meses – espero sinceramente estar enganado…
“Ninguém é profeta na sua própria terra.”
José Maria Alves
12 comentários:
Qual seria este novo virus ? Um virus "de verdade' como o que causa a COVID 19 ou "virus comportamentais humanos " como ganancia, indiferença ?
Olá José Maria, boa noite.
Agradeço muito sua orientação na homeopatia dos Cistos.
Já estamos utilizando a homeopatia de prevenção do Coronavírus.
Só uma dúvida, minha filha de 9 anos pode tomar também?
Caso sim, pode ser glóbulos para ela?
Muito obrigada.
Amiga(o) Auslander
Já alguns amigos me fizeram a mesma pergunta.
1 – É evidente que vamos ter um PÂNICOVÍRUS.
Altamente infeccioso e destruidor. Capaz de enfraquecer brutalmente o sistema imunitário da população, por via da ansiedade generalizada e da fobia das doenças.
2 – Um ESTÚPIDOVÍRUS, que apesar de ter uma longa existência, tão longa quanto a própria humanidade, vai sair extraordinariamente reforçado principalmente ao nível das classes dirigentes, contaminando o povo amedrontado e embrutecido por tantas mentiras e falsas promessas propaladas nas conferências de imprensa diárias e pelos asnáticos jornalistas e comentadores dos media.
3 – Apesar das “imagens”, apelos e práticas de solidariedade e compaixão, passageiras como todas as que ocorreram, teremos um RICOVÍRUS, que afectará por indiferença os mais pobres e todos os desvalidos do planeta.
4 - E certamente um NOVOVÍRUS.
Os microorganismos, nomeadamente os vírus e as bactérias têm o mesmo direito que nós a habitar este planeta. Deus não faz distinções. Como afirmou Mestre Eckhart, no fim seremos o que éramos antes de nascer. Um com o Todo – não há exclusões.
Propícias que sejam as condições para a sua reprodução e propagação, irão abandonar ou proliferar nos seus recipientes, desenvolvendo-se.
Não lhe poderei adiantar mais. Julgo que me entende.
Abraço fraterno.
JMA
Boa noite Monia
A filha pode fazer em grânulos.
Diminua o número - tendo em consideração a idade.
ARSENICUM ALBUM, 200 CH, 2 grânulos duas vezes por dia, dois dias por semana e
JUSTITIA ADHATODA, 30 CH, 3 grânulos diárias.
Caso anote qualquer sintoma estranho após as tomas, dê notícias.
Abraço.
JMA
José, boa noite. Há alguns anos tenho usado Arsenicum Álbum. A médica, linha Unicista, identificou que minhas características se enquadram em Arsenicum, por isso ministrava somente esse medicamento. Começamos com diluição de FC 250 e a cada retorno mudava-se a diluição. O último, FC 350 em glóbulos. Tomas diárias. 5 glóbulos pela manhã. Vi que você sugere o Arsenicum para pevenção de Covid. Nessa diluição da minha receita, ele é adequado também?Uma outra questão: consultando um médico homeopata, ele indicou para prevenção de Covid o Euphatorium 7CH. Ele também seria adequado?
Boa tarde
Estando a fazer o ARSENICUM ALBUM como sendo o seu "simillimum", independentemente da diluição e potência sou da opinião que não deixará de agir como PREVENTIVO do Covid-19.
Quanto ao EUPATORIUM PERFOLIATUM, costuma ser usado na GRIPE, tendo na sua patogenesia como principais sintomas:
Gripe com dores ósseas. Dor de cabeça e dos globos oculares. Quase ausência de suores. Sede.
Calafrios nas costas.
Agravação de todos os sintomas pelo frio.
Na gripe é usual ser recomendado em 5 CH, 3 gotas 4 a 6 vezes por dia.
Não vejo qualquer problema em ser utilizado como PREVENTIVO no Covid - mas tenha em atenção que o ARSENICUM é um medicamento mais "poderoso", um dos maiores POLICRESTOS.
Abraço e as melhoras.
JMA
DISTANCIAMENTO SOCIAL
O distanciamento social é uma das principais recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para evitar a propagação do contágio por Covid-19.
As autoridades de saúde referem um metro de distância, um metro e meio ou até dois metros, para que nos possamos defender das gotículas pulverizadas por quem fala, grita, tosse ou espirra.
No entanto, foi publicado um artigo desenvolvido por cientistas da Universidade Católica de Leuven, Bélgica, e da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, Países Baixos, onde se afirma que esta distância deve ser aumentada quando o indivíduo está em movimento.
O que é absolutamente lógico quando se corre ou anda a pé, mas também em espaços fechados já que as nano partículas de saliva pairam no ar durante muitos minutos e têm o seu movimento influenciado pelo andamento, corrida – ficando para trás dos que o fazem – e pelo vento ou pela circulação forçada de ar em espaços fechados.
Assim, na simulação do estudo, foram apurados os seguintes resultados:
- Caminhada: simulação aponta risco sempre que a distância seja inferior a 4 ou 5 metros da pessoa que está à sua frente;
- Corrida: a simulação indica risco quando a distância é inferior a pelo menos 10 metros da pessoa que está à sua frente;
A equipa liderada por Bert Blocken simulou a propagação das partículas para obter as conclusões mencionadas.
Aguardemos novos estudos que simulem o movimento com outros factores, tais como condições climatéricas, etc.
De qualquer modo, o USO DE MÁSCARAS NA VIA PÚBLICA é a única alternativa a uma protecção colectiva mais eficaz.
JMA
Muito obrigado, Dr José.
Abraços
Marcelo
MÁSCARAS E VISEIRAS
O decreto-lei n.º 20/2020, publicado no dia 01 de Maio em Diário da República, definiu a obrigatoriedade do uso de máscaras ou viseiras para o acesso ou permanência nos espaços e estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, nos serviços e edifícios de atendimento ao público e nos estabelecimentos de ensino e creches.
Artigo 13.º-B
Uso de máscaras e viseiras
1 – É obrigatório o uso de máscaras ou viseiras para o acesso ou permanência nos espaços e estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, nos serviços e edifícios de atendimento ao público e nos estabelecimentos de ensino e creches pelos funcionários docentes e não docentes e pelos alunos maiores de seis anos.
E no n.º 3 do mesmo artigo e diploma:
3 – É obrigatório o uso de máscaras ou viseiras na utilização de transportes colectivos de passageiros.
Depois, o n.º 7 do mencionado artigo estatui:
O incumprimento do disposto no n.º 3 constitui contraordenação, punida com coima de valor mínimo correspondente a (euro) 120 e valor máximo de (euro) 350.
Ora, como se depreende da letra da lei, só existe incumprimento caso o cidadão não esteja munido de máscara ou (leia-se: OU…) viseira nos transportes públicos de passageiros. Ou máscara ou viseira.
É evidente que a VISEIRA, sem máscara, não protege eficazmente seja quem for, apesar do ministro da administração interna, a PSP e a GNR serem péssimos exemplos.
O legislador pode ou não saber o que está a fazer, o que ocorre com muita frequência. Mas a lei é lei, até que seja revogada expressa ou tacitamente, não podendo nenhum cidadão ou autoridade invocar o seu desconhecimento.
O uso da VISEIRA não protege ninguém, mas também ninguém pode ser sancionado com coima se a utilizar sem máscara nos transportes públicos.
Até que o legislador se disponha a “emendar a mão”.
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O DEVER CÍVICO DO SR. COSTA
Todas estas confusões existem e vão continuar a existir num país de contradições.
Veja-se nomeadamente o DEVER CÍVICO.
É uma figura que não é jurídica. Em parte alguma da lei a poderá encontrar.
É como o “dever cívico” de votar.
Na minha modesta opinião um imperativo ético subjectivo.
E quem é que me vai “ensinar” o que é o meu DEVER CÍVICO?
– A PSP e a GNR, com sua formação intelectual e ética excepcional – que me seja perdoada a ironia - e habitual arrogância, má-educação e desconhecimento dos direitos, liberdades e garantias constitucionalmente garantidos, as autoridades de saúde que de manhã dizem uma coisa, à tarde outra e outra à noite, os políticos ineptos e moralmente corruptos?
Tenham dó…
JMA
Não tem que agradecer, Marcelo.
Um abraço fraterno.
JMA
DISTANCIAMENTO NÃO IMPEDE A TRANSMISSÃO DA COVID-19
Demoraram a compreender ou a intuir o óbvio.
Enquanto tivermos uns especialistas-patetas nas televisões, como um ignorante de um tal Simas, que apenas pretende protagonismo, o povo ficará cada vez mais desinformado.
Distanciamento não impede transmissão da covid-19, conclui estudo do MIT.
Segundo pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, a medida não é suficiente para conter a disseminação do coronavírus.
Manter dois metros de distância em ambientes fechados não é suficiente para impedir a disseminação do novo coronavírus, conclui estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), realizado por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Segundo os cientistas, a recomendação actual, que orienta a manutenção de dois metros de distância de outras pessoas, é baseada em evidências ultrapassadas — imaginava-se, anteriormente, que a transmissão da doença ocorria por meio do contacto com gotículas. Agora, diante da constatação de que o vírus também é transmitido pelo ar, outros factores desempenham papel mais importante na transmissão da covid-19 do que o distanciamento social, como o tempo de permanência no ambiente fechado, a ventilação e filtração de ar, as dimensões do terreno, o número de ocupantes, a actividade respiratória e o uso de máscara.
“Nós argumentamos que, no contexto da transmissão pelo ar em espaço fechado, os benefícios da regra de dois metros de distância são limitados. Como todos na sala respiram o mesmo ar, compartilham o mesmo risco. O distanciamento social pode estar a dar uma falsa sensação de segurança”, esclareceu Martin Bazant, um dos autores do estudo, ao “site” do canal de notícias norte-americano Consumer News and Business Channel (CNBC). Segundo os pesquisadores, dependendo das características do ambiente, a pessoa que está a 2 metros de distância corre o mesmo risco do que a que está a 20 metros.
Há quanto tempo já não sabíamos que inexistia qualquer lógica nas afirmações de especialistas e governantes?
Por amor de Deus parem uns minutos para pensar, estudem e não digam tudo o que lhes vem à cabeça ou repitam que nem papagaios o que outros papagaios disseram.
Vejam o que editei neste artigo em 26 de Abril do ano passado - há bem mais de um ano.
Não era previsível?
VACINADOS E NÃO VACINADOS – CARGA VIRAL - TRANSMISSIBILIDADE
O Estado de Massachusetts, tal como muitos outros estados norte-americanos, levantou todas as restrições associadas à covid-19, inclusive o uso de máscara, no final de Maio. Mas há uns dias voltou a instituir a sua obrigatoriedade.
A decisão teve por base um estudo realizado pela Universidade do Estado que demonstra que a carga viral de uma pessoa vacinada, que acabou por contrair a doença, é idêntica à carga viral de uma não vacinada. Ou seja, uma pessoa vacinada, mesmo que não fique doente, também pode transportar o vírus e transmiti-lo.
De acordo com o Centro de Controlo de Doenças (CDC na sigla inglesa) dos EUA, o estudo da Universidade de Massachusetts teve como base um surto ocorrido no condado de Princetown, numa estância turística em Cabo Cod. O surto atingiu mais de 900 casos, tornou-se persistente e três quartos dos infectados eram pessoas vacinadas. E o motivo que levou os cientistas a quererem saber o porquê deste surto foi precisamente o ter ocorrido no condado do Estado com maior taxa de vacinação e a maioria dos infectados estar vacinada.
As conclusões parecem não deixar dúvidas: o surto está associado às festividades em Provincetown, que incluíram eventos com muitas pessoas, em espaços fechados e abertos, em bares, restaurantes, casas de aluguer e outras habitações, e os investigadores, que fizeram testes a uma parte do universo de mais de 900 pessoas, "encontraram sensivelmente o mesmo nível de vírus nas pessoas que foram vacinadas e nas outras".
Mais. De entre os que tinham as duas doses da vacina, cerca de 80% sentiram sintomas, como tosse, dor de cabeça, febre, dores de garganta e dores musculares.
Após a divulgação dos resultados desta investigação, as autoridades de Massachusetts voltaram a impor o uso de máscara e o próprio CDC, segundo relata o Washington Post, também está a considerar outras alterações no aconselhamento da luta contra o SARS CoV-2 nos EUA, como o regresso generalizado do uso de máscara e a exigência da vacinação de médicos e de outros trabalhadores da saúde.
O jornal revela ainda que "dirigentes do CDC confirmaram haver mais estudos, e de âmbito superior, a serem feitos, onde estão a seguir seguidos dezenas de milhares de vacinados e não vacinados em todo o país". Uma coisa parece estar garantida é que esta mudança no conceito de transmissibilidade está associada à variante Delta, que o CDC dos EUA confirma ter um grau de contágio idêntico ao da varicela.
O estudo realizado nos EUA veio alertar para o seguinte, e como menciona o Washington Post, "a guerra mudou" e agora há uma preocupação crescente com a possibilidade de os vacinados poderem ser fonte de contágios generalizados.
“Cabecinhas pensadoras, estes americanos…”
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