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ARTE

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

CHARLES CROS (1844-1888) - IN MORTE VITA






A amante do soldado
É a morte.
Para lhe ser infiel venham
Mulheres.
Envolvam com braços brancos
O lençol duro
Que o veste de cores francas
Na batalha.
Beijem-lhe a boca e os olhos
Mas em vão;
Esquecer-se-á das carícias
Pois pensa
Que a sua amante p´ra sempre
É a morte.

Tradução de Filipe Jarro

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