Há a sombra do medo nas coisas que amo
Há uma cave vazia no poço do tempo
Há uma estrada vazia onde o dia finda
Há um arbusto em movimento no ciclo misterioso do nascimento
Há um vazio de riacho a correr nas veias da terra
Há um castelo uma carruagem e um rei sem trono
Há um campo de areia semeado com sal
Há a calúnia do riso e o insulto da oração
Há a voz cega dos objectos e a surdez muda dos homens
Há o vento que sopra na mão cheia de ídolos alienados
Há a ilusão do dia uno no carreiro do tudo
Há a ilusão do tudo no caminho de um só dia
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