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ARTE

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

BODA




Cai a noite A boda vai findando lentamente sem música com a felicidade única do vinho Na rua principal do povoado o silêncio O mesmo silêncio gelatinoso e sepulcral do campo-santo onde dormem quimeras ósseas de vaidade e nobreza sem vintém
Dói-me o corpo quebradiço em arco Não há para onde ir O último navio fantasma esgueirou-se há séculos pela fresta da porta de castanho cozida pelos anos doridos da guerra Nele partiram todos os meus sonhos todas as minhas transparências a minha vontade argêntea os meus desejos laminados a ouro
Ficou este som de morte preso por um fio de inócua aranha a desenhar a flor do mundo


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