Que
importância tem foder ou não foder
Desta
daquela destoutra maneira
(os
tempos são outros Mário não são como os teus)
Fode
quem pode não fode quem quer
Fode
com quem quer quem pode e não fode quem não pode
Fode
quem consente e quem não consente não fode ou só fode com quem quer e bom
proveito lhe faça o encontro da net com quem não conhece e fode às escuras que
é o mesmo que foder sem saber o que fode
Fode
quem paga se de graça ninguém o pito lhe abona
Fode
com toda a gente que paga quem recebe o pagamento e fode quer se importe ou não
com foder ou não foder porque mais poder que o foder o tem o dinheiro mesmo que
faça doer
Fode a
dois quem gosta e quem mais gosta e pode com mais fode
E em
grupo já muitos há que fodem e são fodidos e quando se perdem excitados e
incautos sentem alheios dedos no cu metidos e as mulheres aos gemidos com
desconhecidos
E à
pressa fode quem tem ejaculação precoce ou não aprendeu a amar ou cedo tem de
ir trabalhar para a outra banda ou para Trajouce
Para
que em tão curta vida sejam escassos os desperdícios
Porque
no fundo
Bem lá
no fundo
(que à
superfície não tem graça e é coisa de criança)
Neste
mundo Mário
Anda
de um modo ou de outro
Mais
de língua e dedo
Tudo a
foder
Por
prazer
Por
dever
Por
dinheiro e poder
Ou por
não ter mais que fazer
Mundo-meio
de meio-mundo fode o outro meio que se deixa foder
E diz
que fode por amor ou por muito amar
Quando
se excita com uma qualquer greta ou pichota
E
porque mundo-meio de meio-mundo não fode por o não deixarem foder e para uma rapidinha dinheiro não ter
Acaba
por foder sozinho
Triste
do pobre
Tadinho que com suas mãos se consola
E
neste corropio do fode-fode e do mal-foder não tem lugar
E a
muito esforço se alivia
Agora
é assim Mário
É tudo
falso com um sentido sem-sentido
É tudo
vário
E se
de onde estás já vejo o teu riso de escárnio
Deixa-me
sorrir contigo nesse pódio celestial
Que
este mundo está fodido e eu já estou cansado
De
tanto cabrão puta bicha azeiteiro
Casas de filhos-família
E de passe-bestial
Com fungível e mesquinha relva para os passos governamentais dos impotentes e uma estúpida
planta umbelífera nos fundos a contar moedas-cópula
Fodendo o teu país inteiro (esse país que tão pouco apreciavas e que hoje te repugnaria)
Até um
dia destes Mário
Que me
vejo já de passagem na mão
Sentado
no embarcadouro vazio-ócio
E como
tu dirias se por cá andasses
Sem
nenhum jeito para o negócio
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