A pandemia do Covid veio agravar a insustentável situação de um planeta já contaminado por múltiplas epidemias.
No nosso planeta azul, grassa a corrupção, o egocentrismo, a ganância; planeta dominado por um capitalismo selvagem à beira da insolvência.
O desequilíbrio global já era notório nas alterações climáticas e suas consequências; no aumento das doenças crónicas, malgrado a esperança média de vida tenha aumentado substancialmente; nas patologias do foro mental, em especial na ansiedade e na depressão, esta última a principal causa de incapacidade no mundo; no flagrante aumento das desigualdades, quer no interior dos próprios Estados quer entre os países que são ricos e os que são pobres; bem como na corrupção (aqui entendida em sentido lato) generalizada e tantas vezes consentida.
Que pior “pandemia” poderia um mundo-sem-soluções apresentar? Um mundo infectado por vírus criados pelo próprio homem, lobo de si mesmo.
Agora temos o COVID.
Como é possível responder com uma mente lúcida a uma calamidade quando já estamos tão enfraquecidos pelo sistema que nos condiciona e consome, estrangula e mata?
Quando vemos os órgãos decisores em contradição, dizendo de manhã uma coisa, à tarde outra e há noite uma outra ainda? Quando presidente, primeiro-ministro, ministra da saúde, ministro da administração interna, directora-geral da saúde - esta mais preocupada com a troca da sua vestimenta nas conferências diárias e dos seus broches, do que com a comunicação que é irritantemente pouco convincente e não esclarecida; imagem envelhecida da ineficácia e de um convencimento absurdo de conhecimento... -, contradizendo-se sem qualquer recato, agindo anedoticamente e em discrepância uns com os outros, apesar de se acoitarem na mesma tenda?
E os comentadores - médicos e outros - que aproveitaram a pandemia para terem o seu direito de antena, repetindo tais papagaios engravatados as mesmas opiniões e indecisões?
Quando, verdadeiros sendeiros, tomam decisões estultas, umas vezes em nome da saúde, outras da economia e outras sem nexo, fruto de cabecinhas oligofrénicas.
Mesquinhos sorumbáticos!
Já vimos e ouvimos de tudo desde o aparecimento do Covid, da boca desses ""tristes" - que nalguns casos se pavoneiam em frente das câmaras dos canais televisivos fazendo figura de "tontinhos":
O vírus não chega cá mas já cá está; se calhar não é transmissível entre humanos mas é; os assintomáticos não transmitem o corona mas afinal transmitem; foi criado num laboratório mas afinal não foi; a culpa é do mercado de animais selvagens, dos desgraçados dos morcegos, mas afinal pode não ser; morre com o calor mas afinal não morre; resiste um dia nas superfícies mas resiste seis dias ou mais; vai haver uma vacina no Verão ou em Janeiro ou daqui por dois anos ou nunca vai haver uma totalmente eficaz por ser um vírus de RNA; confinem-se mas agora desconfinem-se que a economia está a bater no fundo; mantenham o distanciamento social de 2 metros que assim não são infectados mas os 2 metros são insuficientes; não vão aos restaurantes nem às compras mas vão porque as lojas não facturam; saiam para gastar dinheiro mas não saiam porque há um dever cívico de recolhimento - quem terá sido o anormal que inventou este dever?! -; não usem máscaras mas afinal usem máscaras ou viseiras (as estúpidas viseiras…); não vão à praia mas vão à praia; não vai haver austeridade mas a pobreza aumenta desregradamente e vai haver austeridade; vamos recuperar economicamente mas não vamos; em Portugal “vencemos juntos” mas venha o dinheiro a fundo perdido da Europa (para nós historicamente exploradores-vencedores e agora mendigos-vencidos); nos transportes, nos locais públicos, nas igrejas, no aeroporto guardem as distâncias sociais mas nos aviões “tudo ao molhe e fé em Deus”; a hidroxicloroquina é um tratamento eficaz mas acaba por matar mais do que cura; os infectados ficam imunes mas não vão ficar tão imunes quanto isso; há vários novos surtos mas afinal não há ou estão controlados descontroladamente; vamos reabrir a economia, por natureza debilitada, mas afinal pode haver um reconfinamento; os turistas vão vir mas afinal não aparecem porque ninguém paga para férias num Estado policial (e que polícias...); fechamos as fronteiras mas afinal abrem-se para turista passar; a Inglaterra obriga todos os que chegam ao país a uma quarentena obrigatória mas Portugal quer negociar um corredor aéreo e a isenção da dita quarentena para salvar a hotelaria do Algarve; vai haver uma segunda vaga ou uma terceira ou não vai haver ou se calhar haverá mas só depois das férias para não estragar a vida ao turismo ou haverá várias vagas porque a experiência nos diz que sempre que surgem novos vírus tal acontece; vamos aprender a viver com o tele-tudo mas não vamos sob pena de extinção da raça - tele-sexo como consequência do distanciamento sexual (que me seja perdoada a ironia) -; enfim vamos e não vamos, não vamos e vamos - afinal tanto faz, uma coisa ou outra há-de ser feita ou será ou não será assim...
já sabemos muito sobre o vírus mas não sabemos nada.
Quando vemos os órgãos decisores em contradição, dizendo de manhã uma coisa, à tarde outra e há noite uma outra ainda? Quando presidente, primeiro-ministro, ministra da saúde, ministro da administração interna, directora-geral da saúde - esta mais preocupada com a troca da sua vestimenta nas conferências diárias e dos seus broches, do que com a comunicação que é irritantemente pouco convincente e não esclarecida; imagem envelhecida da ineficácia e de um convencimento absurdo de conhecimento... -, contradizendo-se sem qualquer recato, agindo anedoticamente e em discrepância uns com os outros, apesar de se acoitarem na mesma tenda?
E os comentadores - médicos e outros - que aproveitaram a pandemia para terem o seu direito de antena, repetindo tais papagaios engravatados as mesmas opiniões e indecisões?
Quando, verdadeiros sendeiros, tomam decisões estultas, umas vezes em nome da saúde, outras da economia e outras sem nexo, fruto de cabecinhas oligofrénicas.
Mesquinhos sorumbáticos!
Já vimos e ouvimos de tudo desde o aparecimento do Covid, da boca desses ""tristes" - que nalguns casos se pavoneiam em frente das câmaras dos canais televisivos fazendo figura de "tontinhos":
O vírus não chega cá mas já cá está; se calhar não é transmissível entre humanos mas é; os assintomáticos não transmitem o corona mas afinal transmitem; foi criado num laboratório mas afinal não foi; a culpa é do mercado de animais selvagens, dos desgraçados dos morcegos, mas afinal pode não ser; morre com o calor mas afinal não morre; resiste um dia nas superfícies mas resiste seis dias ou mais; vai haver uma vacina no Verão ou em Janeiro ou daqui por dois anos ou nunca vai haver uma totalmente eficaz por ser um vírus de RNA; confinem-se mas agora desconfinem-se que a economia está a bater no fundo; mantenham o distanciamento social de 2 metros que assim não são infectados mas os 2 metros são insuficientes; não vão aos restaurantes nem às compras mas vão porque as lojas não facturam; saiam para gastar dinheiro mas não saiam porque há um dever cívico de recolhimento - quem terá sido o anormal que inventou este dever?! -; não usem máscaras mas afinal usem máscaras ou viseiras (as estúpidas viseiras…); não vão à praia mas vão à praia; não vai haver austeridade mas a pobreza aumenta desregradamente e vai haver austeridade; vamos recuperar economicamente mas não vamos; em Portugal “vencemos juntos” mas venha o dinheiro a fundo perdido da Europa (para nós historicamente exploradores-vencedores e agora mendigos-vencidos); nos transportes, nos locais públicos, nas igrejas, no aeroporto guardem as distâncias sociais mas nos aviões “tudo ao molhe e fé em Deus”; a hidroxicloroquina é um tratamento eficaz mas acaba por matar mais do que cura; os infectados ficam imunes mas não vão ficar tão imunes quanto isso; há vários novos surtos mas afinal não há ou estão controlados descontroladamente; vamos reabrir a economia, por natureza debilitada, mas afinal pode haver um reconfinamento; os turistas vão vir mas afinal não aparecem porque ninguém paga para férias num Estado policial (e que polícias...); fechamos as fronteiras mas afinal abrem-se para turista passar; a Inglaterra obriga todos os que chegam ao país a uma quarentena obrigatória mas Portugal quer negociar um corredor aéreo e a isenção da dita quarentena para salvar a hotelaria do Algarve; vai haver uma segunda vaga ou uma terceira ou não vai haver ou se calhar haverá mas só depois das férias para não estragar a vida ao turismo ou haverá várias vagas porque a experiência nos diz que sempre que surgem novos vírus tal acontece; vamos aprender a viver com o tele-tudo mas não vamos sob pena de extinção da raça - tele-sexo como consequência do distanciamento sexual (que me seja perdoada a ironia) -; enfim vamos e não vamos, não vamos e vamos - afinal tanto faz, uma coisa ou outra há-de ser feita ou será ou não será assim...
já sabemos muito sobre o vírus mas não sabemos nada.
Esqueçamos tudo o que de mau o Corona nos trouxe até agora:
Mais mortes, confinamento forçado, solidão, desemprego, fome, afastamento social, aumento exponencial das patologias mentais, em especial da depressão, discursos políticos falaciosos e promessas por cumprir, impreparação dos serviços de saúde, abusos de autoridade por agentes ineptos e iletrados, e medo, muito medo, até pânico.
Mas há algo mais
O DISTANCIAMENTO SOCIAL |
Será esta a nossa resposta?
O que é que nos aguarda?
Que gerações iremos condicionar?
Conjuntamente com a depressão iremos constatar um incremento do medo patológico das doenças e o incremento da hipocondria, o que será directamente proporcional ao tempo que decorrerá até à acomodação ou desaparecimento do vírus, somando-se e agravando os males já existentes.
O que é que estamos a gerar por via do alarmismo e do aproveitamento estereotipado da calamidade, em adultos e crianças, por alguns dos repulsivos canais de televisão?
A quantidade repetitiva favorece a sugestão do medo e enfraquece ainda mais o sistema imunitário dos povos. Mais vírus, mais contágios? Mais insanos?
Percam algum do vosso precioso tempo para reflectirem no medo e suas consequências. Na alegada patranha preferencial: saúde versus economia.
Percam outro tanto para se questionarem se é neste tipo de mundo canibalesco que quereis viver.
Só isso.
José Maria Alves
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