HOMEOPATIA E EPIDEMIAS – COVID-19
A partir de finais do século XVIII, a Homeopatia, teorizada por Hahnemann, passou a ser usada com frequência nas múltiplas epidemias e pandemias que surgiram em todo o planeta.
Por muito que a queiramos denegrir, os factos são indesmentíveis, e a prática homeopática impôs-se historicamente no mundo durante as grandes infecções.
Não obstante exista uma campanha quase generalizada contra o seu uso, não vislumbramos o motivo da sua não utilização, principalmente quando estamos a lidar com agentes patogénicos desconhecidos contra os quais a medicina alopática ainda nada pode fazer por desconhecimento científico.
Alguns exemplos –
Hahnemann no ano de 1799 utilizou a BELLADONNA num surto epidémico de escarlatina.
Considerou ter sido feliz por descobrir o remédio capaz de manter a saúde dos pacientes sem que esta fosse invadida pelo miasma da doença.
Também entendeu, que o mesmo remédio ministrado no momento em que os sintomas da doença surgiam fazia com que a febre se mantivesse estável, sendo eficaz na remoção da maioria dos sintomas, consequência da infecção pela escarlatina – transtornos posteriores, por vezes bem mais graves dos que os iniciais.
Daí retirou a ilação de que um remédio adequado a “bloquear” uma doença nos seus sinais e sintomas iniciais deve ser ministrado como PREVENTIVO.
Tal remédio preventivo, como diz, jamais falhou na epidemia.
No entanto, nem sempre a BELLADONNA era o único medicamento utilizado.
Alguns doentes consultavam-no depois da fase inicial e Hahnemann observou que uns apresentavam uma espécie de estupefacção sonolenta, agitação, calor ardente, vómitos e diarreia, enquanto que outros apresentavam febre ao anoitecer, insónia, irritabilidade, lamentações, gemido, perda do apetite com náuseas.
Aos primeiros ministrava OPIUM e aos segundos IPECA.
Para além dos medicamentos sugeria aos médicos que procurassem anular todo o MEDO dos pacientes, estimulando-os a acreditar numa rápida recuperação.
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Posteriormente, em 1813, também com muito bons resultados, tratou homeopaticamente uma epidemia de tifo, orientando a prescrição, que se estribou em dois medicamentos principais: BRYONIA ALBA e RHUS TOXICODENDRON – estima-se que tenha tido um sucesso quase total nos pacientes submetidos ao tratamento homeopático.
Na epidemia de cólera ocorrida na Europa entre 1821 e 1834, Hahnemann salientou que na primeira fase da doença deveria ser prescrito CAMPHORA e na segunda, diferente da primeira, deveria o medicamento ser mudado para CUPRUM ou VERATRUM ALBUM.
Recomendou CUPRUM como preventivo.
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Após Hahnemann, em 1854, a homeopatia foi eficiente numa epidemia de cólera na Inglaterra.
Nos EUA ocorreu uma epidemia de difteria entre 1862 e 1864, tendo a taxa de mortalidade sido significativamente menor nos pacientes a quem foram ministrados homeopáticos.
Na denominada gripe espanhola que assolou o planeta em 1918/19 também foi utilizada.
Refere-se que mais de 62.000 casos foram tratados homeopaticamente, com uma taxa de mortalidade de apenas 0,7%.
Lembremos Kent, que tratou um surto de diarreia nos EUA com o medicamento PODOPHYLLUM - genius epidemicus.
Veja-se o artigo: KENT – COMO ME TORNEI HOMEOPATA.
Neste período foram muitos os homeopatas que intentaram debelar várias epidemias que surgiam com alguma regularidade.
Atente-se que os resultados obtidos pela homeopatia nestes e noutros surtos epidémicos foram à época superiores aos da medicina alopática, que apenas dispunha de métodos grosseiros e agressivos tais como vomitivos, sangrias, purgas, clisteres e substâncias ministradas com elevada toxicidade - muitas vezes o paciente não falecia da doença mas da cura…
No Brasil, entre outros, foi utilizada num surto epidémico de escarlatina que ocorreu no Rio de Janeiro em 1849, de febre-amarela entre 1850 a 1852 - a que o povo chamou de “vómito negro” - na Baía, de cólera na década de 70 do século XIX, no Pará, Recife e Rio de Janeiro.
Foi também usada durante todo o século XX, quer a título preventivo quer curativo, tanto na Europa quanto no Brasil e nos EUA, em várias epidemias - realcemos também, o seu papel nas gripes.
Não nos esqueçamos que a seguir a uma pandemia vem a fome que persegue sempre os mais pobres.
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O medicamento PREVENTIVO de qualquer epidemia deverá ser o qualificado como "genius epidemicus" da fase inicial da patologia.
O CURATIVO terá de tomar em consideração o quadro ou quadros patológicos consecutivos, caso se nos apresente mais do que um, como aconteceu na supramencionada epidemia de escarlatina.
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Nada nos impede, nem deve impedir que em situações como a do Covid, a homeopatia não tenha uma palavra a dizer - a todos os níveis.
No nosso entender, e face à experiência de mais de dois séculos, consideramos que a homeopatia pode agir como factor preventivo e em certos casos como forma de tratamento nas epidemias, complementando a alopatia.
Até porque vêm aí NOVAS VAGAS e não há luz ao fundo do túnel – nem tratamento nem vacina.
No entanto, os governos, as autoridades de saúde e os cientistas da maioria dos países ridicularizam-na.
Por tal motivo nunca poderá demonstrar a sua eficácia onde não existe imunização, vacina ou tratamento.
Continuaremos a enterrar os nossos mortos por muito tempo, sem que tenhamos pelo menos tentado.
Compreendemos toda a maledicência a que a homeopatia está sujeita.
Compreendemos outrossim, que no Ocidente as televisões, as autoridades de saúde, os médicos-comentadores, os meros jornalistas-comentadores, os especialistas de ocasião, raramente ou nunca falem de Taywan e de outros países que foram um verdadeiro exemplo nesta pandemia. Parece até, que querem ocultar a realidade dos factos. Falar deles, elogiá-los, seria a demonstração de que o Ocidente, em geral, agiu de forma leviana não se preparando convenientemente para algo que se previa desde os primeiros dias de Janeiro.
Compreendemos, pois, que se a homeopatia tivesse algum sucesso, poderia atentar contra uma medicina que até ao momento navega sem rumo e uma ciência que não derrotou nem derrotará tão cedo o seu “inimigo”.
Não compreendemos como pouco é feito ou deixou de o ser, para que menos morram de Covid e muitos venham a morrer de fome ou por causa desta.
José Maria Alves
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3 comentários:
Olá, Dr José Maria!
Infelizmente devido a preconceitos, interesses econômicos, políticos ou desconhecimento nem todos podem ter acesso à homeopatia como uma alternativa para tratamento ou diminuição dos sofrimentos. Em momentos como o que vivemos nesta pandemia sentimos os efeitos negativos dessa a realidade. Felizmente o seu trabalho contribui imensamente para destacar o lugar da homeopatia e seu alcance como uma terapêutica de prevenção, cura e cuidado. Dr José Maria,o senhor traz alivio e conforto para todos que compartilham da sua presença.Abraço e obrigado.
PREVENÇÃO DO CORONAVÍRUS EM AGLOMERADOS POPULACIONAIS
Boa noite Amigo João
Pelo menos de milhares que estão a fazer a PREVENÇÃO ainda não recebi - não quer dizer que não haja - qualquer notícia de infecção.
O PROTOCOLO se for apenas água e álcool ou água e açúcar pelo menos não mata nem agrava a doença como tem vindo a acontecer com as dezenas de protocolos alopáticos - veja nomeadamente o exemplo da hidroxicloroquina.
Como eu já escrevi: "Cada tiro cada melro".
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Por outro lado, com apenas um frasco-medicamento, com o preço de 15 euros, podem ser manipulados centenas de litros do medicamento - o custo seria o do álcool e dos frascos - adquirindo-o com uma potência mais baixa do que o desejado e aumentando progressivamente a potência.
Dou-lhe um exemplo que pode ser adaptado para uma produção em larga escala -
Se desejamos apenas criar uma 5ª CH, utilizamos o processamento da farmácia homeopática:
1. – Com um conta-gotas ou uma pipeta, convenientemente desinfectados, extraímos 8 gotas do frasco da farmácia, que retém o medicamento na 4ª CH.
2. – Vertemos num outro frasco, que nomeamos frasco-medicamento, também esterilizado, as oito gotas a que adicionamos uma solução alcoólica a 30%.
3. – Agitamos 100X o soluto do frasco citado em 2.
Obtemos uma 5ª CH.
E assim sucessivamente.
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Em pequenas povoações e agregados habitacionais poderiam existir apenas dois frascos (com a quantidade de medicamento calculada em função da demografia) com os dois medicamentos ao cuidado de uma associação ou outro local, que ministraria as doses duas ou três vezes por semana. O habitante apenas teria de levar uma colher de chá ou de sobremesa consigo.
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Fácil de executar, não?
Mas ninguém o vai fazer em grupo, porquanto afrontaria o corporativismo médico e o cepticismo científico - que sinceramente aceito, mas com o qual não concordo.
A ciência tem hoje uma verdade volátil, como sempre teve.
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Abraço fraterno
JMA
ÉBOLA – NOVO SURTO
A República Democrática do Congo, para além da pandemia do Covid, enfrentam agora um novo surto de Ébola.
Já existem mortos a lamentar na décima primeira epidemia que o país enfrenta, desde que o vírus foi descoberto em 1976.
Este é um vírus extraordinariamente agressivo, cuja taxa de mortalidade pode atingir os 90%.
O último surto (Agosto de 2018) teve cerca de 3000 infectados e mais de 2200 mortos.
Enfim, as desgraças sucedem-se em "ambientes propícios".
JMA
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