Dois monges budistas caminhavam na direcção do seu mosteiro quando viram junto a um rio de águas caudalosas uma jovem de beleza rara, que o pretendia atravessar, mas temia pela sua vida pressupondo a existência de fundões.
Um dos monges, pegou-lhe e transportou-a em segurança para a outra margem.
O outro, indignado, não parava de lhe lembrar e relembrar a santa regra de não tocar numa mulher.
- Como foi possível que sem qualquer hesitação tenhas tocado numa mulher, mais ainda, carregando-a encostada ao teu corpo?
Não sentiste tu o desejo que nos aniquila?
Comprometeste-te perante a religião; comprometeste-nos a todos. Não te envergonhas? Não cuidarás de que podemos ser acusados de um incumprimento desonroso?
Cansado de tanta insistência, o monge “prevaricador”, respondeu:
- Vê irmão, aquela bela mulher, já há horas que a deixei na margem do rio, quer no corpo quer no espírito.
Porque é que tu ainda a carregas?
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org/
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