Recordo hoje os meus camaradas
A sanzala escura do medo
O fogo cruzado das tracejantes
Inundando o céu estrelado
De festividades profanas
Recordo a lama nos membros
Ensanguentados sem corpo
Das minas traiçoeiras
A explodir no sangue coagulado
Duma guerra cega e suja
Recordo o olhar negro
Da esbelta negra-chocolate
Vendendo languidez no jardim
Suspenso da cidade alheia à morte