Este diário complementa o nosso site pessoal

( VER ETIQUETAS NO FIM DA PÁGINA )

USE O PESQUISADOR DO BLOGUE -

-

OS TRATAMENTOS SUGERIDOS NÃO DISPENSAM A INTERVENÇÃO DE TERAPEUTA OU MÉDICO ASSISTENTE.

ARTE

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

A NATUREZA HUMANA - O EXPERIMENTO DE STANLEY MILGRAM

 


DA NATUREZA HUMANA

OU O

EXPERIMENTO DE STANLEY MILGRAM







***


A Segunda Guerra Mundial já terminou há mais de 75 anos, mas as suas feridas num século que se esperava pacífico e civilizado não estão de modo nenhum saradas.

Não é apenas a Segunda Guerra Mundial com todas as suas atrocidades e milhões de mortos, a maioria civis, que deixa marcas profundas na sociedade. A história tem sido um desfilar de guerras, genocídios, holocaustos, massacres, fome, escravidão, entre tantos outros males, que continuaram após a mesma – Coreia, Vietname, guerras africanas, Bósnia, Kosovo, Chechénia, Israel, Palestina, Iraque, Afeganistão e muitos outros. 



***





Stanley Milgram era judeu e teve a sua família afectada pelo holocausto. Daí ter sido psicologicamente abalado pelo horrendo extermínio em massa de judeus e pelas terríveis consequências da Segunda Guerra Mundial.

O julgamento de Adolf Eichmann deve tê-lo impulsionado a realizar a célebre experiência que tem o seu nome.

Adolf Eichmann, foi um criminoso de guerra julgado em Israel, em 1961, um dos responsáveis pelo envio de milhões de judeus para campos de concentração e do extermínio em massa no Leste Europeu.

Eichmann terá dito no julgamento:

“É essencial marcar um limite entre os líderes responsáveis e as pessoas, como eu, constrangidas a servir como meros instrumentos nas mãos dos líderes”.

Disse ainda:

“Eu não era um líder responsável e como tal, não me sinto culpado”.




Milgram terá querido investigar as circunstâncias que fazem com que homens normais, chefes de família, crentes praticantes, tenham cometido os crimes mais bárbaros que possamos imaginar. Como é que seres humanos aparentemente normais obedeceram cegamente a líderes “enlouquecidos”.

Até que ponto pode um homem obedecer cegamente a um superior? Eichmann e outros como ele estavam apenas a obedecer a ordens com a consciência de que não eram responsáveis pelos seus crimes?

Milgram queria responder à pergunta:

"Será possível que Eichmann e milhões dos seus cúmplices estivessem apenas a cumprir ordens? Será que os devemos considerar cúmplices a todos?"


Hanna Arendt no seu livro “Eichmann em Jerusalém” descreveu com algum horror o que presenciou no julgamento que ocorreu em 1961. Uma pessoa normal, qualquer pessoa normal, poderia ter cometido os piores crimes, o que foi por ela definido como “the banality of evil”.



***





Milgram colocou num jornal um anúncio com a finalidade de encontrar voluntários, mediante uma compensação de 4 dólares e 50 cêntimos, para colaborarem numa experimentação psicológica sobre a memória e a aprendizagem – que não era a verdadeira intenção de Milgram – a ter lugar na Universidade de Yale.

Na primeira experiência participaram 40 homens, com idades entre os 20 e os 50 anos.

Nos anos de 1961 e 1962 conseguiu mais de mil participantes de praticamente todas as classes sociais, nomeadamente pessoal administrativo, operários, professores, enfermeiros, agentes comerciais.


Procedimento -

1 – Marcava o dia e hora para a experimentação.

2 – O convocado encontrava um indivíduo com 47 anos, contabilista, com modos afáveis, que na realidade estava ligado à experiência e ao experimentador e um outro, com 31 anos, vestido com uma bata e que tinha um ar austero, algo duro. 

Quando entrava eram-lhe pagos os US$4.50 contratados.

3 – Era então explicado ao contratado, para justificar e legitimar o que ia acontecer durante as experimentações:

“Que os psicólogos desenvolveram muitas teorias para explicar como é que as pessoas aprendem diferentes matérias. 

Uma das teorias é que as pessoas aprendem as coisas correctamente se forem punidas quando cometem erros. Uma aplicação comum dessa teoria é quando os pais batem nos filhos, se e quando fazem alguma coisa menos correcta. Batendo como forma de punição, fará com que a criança aprenda a memorizar com maior eficácia. Mas, em bom rigor, pouco sabemos sobre os efeitos da punição na aprendizagem por não existirem estudos científicos concludentes – qual deve ser a intensidade do castigo, quem deve aplicar o castigo para que a aprendizagem seja melhorada, entre outros. 

Neste estudo, reunimos vários adultos de diferentes ocupações e idades, e pedimos a alguns deles para serem professores e a outros para que sejam os alunos. Queremos descobrir quais são os efeitos de algumas pessoas sobre as outras, algumas como professores e outras como alunos, e também qual é o efeito da punição na aprendizagem.”

4 – Por tudo o que havia sido explicado era pedido ao convocado e ao que colaborava na experiência, que um fizesse de professor e o outro de aluno.

5 – De seguida era efectuado um sorteio viciado, em que o sujeito real da experiência era sempre designado como professor.

6 – O professor era levado para uma sala contígua e era-lhes indicado o que era necessário preparar para que o aluno recebesse os castigos no caso de errar.

Foi amarrado a uma cadeira e foram-lhe colocados eléctrodos nos pulsos. Explicaram-lhe que o amarraram para que não se mexesse quando recebesse os choques eléctricos e que tinham colocado uma massa de eléctrodos para evitar queimaduras derivadas dos choques.

Para aumentar a credibilidade do experimento, o aluno demonstrava preocupação quanto às descargas eléctricas, fazendo perguntas. Respondiam-lhe que as descargas poderiam ser muito dolorosas, mas que não lhe iriam causar danos nos tecidos corporais e nos órgãos.

7 – O professor era então conduzido para um aparelho gerador de cargas eléctricas numa sala contígua, que não as produzia efectivamente, com 30 interruptores munidos de luzes piloto de cor vermelha. 




Cada interruptor estava identificado com uma etiqueta donde constava a respectiva voltagem (V).

A voltagem começava em 15 e ia aumentando 15 volts em cada um, até atingir os 450 volts.

Em cada quatro interruptores uma inscrição advertia:

DESCARGA LIGEIRA (15 V - 60 V);

DESCARGA MODERADA (75 V - 120 V);

DESCARGA FORTE (135 V - 180 V);

DESCARGA MUITO FORTE (195 V - 240 V);

DESCARGA INTENSA (255 V - 300 V);

DESCARGA EXTREMAMENTE INTENSA (315 V - 360 V);

PERIGO - DESCARGA SEVERA (375 V - 420 V); 

XXX (435 V - 450 V).

8 – Para que não existissem dúvidas quanto ao funcionamento do gerador de corrente, era dada uma descarga de 45 V ao professor – terceiro interruptor; o único que funcionava.




9 – Era-lhe então explicado o que devia fazer.

Devia ler ao aluno uma série de palavras emparceiradas e depois ler-lhe uma outra série, perguntando-lhe tendo em vista quatro opções, qual a palavra que havia sido emparceirada primeiro. 

10 – Por cada resposta errada, o professor accionava uma descarga, começando pelos 15 volts. A voltagem ia aumentando consoante o número de respostas erradas.

Antes de administrar a suposta carga eléctrica, o professor devia anunciar em voz audível ao aluno qual a descarga que iria ser ministrada, tendo assim consciência da potência da mesma.

11 – Se o professor, face às queixas do aluno – industriado para as encenar – perguntava ou fazia tenção de desistir, o experimentador usava quatro frases sequenciais, nos vários momentos do experimento:

- Por favor continue;

- A experiência requer que continue;

- É absolutamente necessário que continue;

- Não tem outra opção; deve continuar.

12 – O professor podia preocupar-se, entre outros, com as feridas que podia causar, com o facto do aluno não querer continuar, ao que o experimentador respondia que a experiência não causava dano nos tecidos e que independentemente da vontade do aluno deveria continuar até que este aprendesse correctamente todas as palavras, pedindo-lhe para continuar, por favor.

Existiam sempre argumentos para que o professor continuasse a infligir descargas ao aluno.

13 – Os protestos e atitudes do aluno – gravados – eram:

- Até 60 V nenhum protesto;

- De 75 V a 105 V – queixas ligeiras;

- 120 V – o aluno começa a gritar e diz que começa a ter dores;

- 135 V – gemidos do tipo dolorosos;

- 150 V a 285 V - grita e diz ao experimentador para o tirar da cadeira a que está amarrado, que não quer continuar com a experiência, que se nega a continuar;

- 180 V – grita dizendo que não pode suportar a dor;

- 270 V – grita como se estivesse num estado de agonia;

- 300 V – o aluno – industriado – diz que não vai dar mais respostas nenhumas. 

O experimentador esclarece o professor de que o silêncio do aluno tem de se considerar um erro na resposta e diz-lhe para continuar com a experiência.

- 315 V – grita com uma extrema violência e diz que não continua com a experiência; 

- 330 V a 450 V – um silêncio total, aterrador, o aluno não responde nem grita.


***


Neste primeiro experimento 62,5% dos professores administrou a voltagem final, “obedecendo” ao experimentador – 450 V. Os restantes atingiram os 300 V.


A partir do primeiro experimento Milgram realizou mais dezassete variantes, cabendo-nos aqui realçar:

No XI permitiu que fosse o próprio professor a escolher a intensidade da descarga. A média foi de 50 V e só uma pessoa administrou a descarga mais alta (450 V).

Pode parecer optimista, mas não destrói ou minimiza os resultados da experiência inicial. O problema centra-se no poder e na obediência na sociedade.


Também perguntou a um grupo de pessoas, depois de lhes explicar a experiência, onde chegariam nas descargas eléctricas. A totalidade afirmou que não chegaria ao final e a descarga média que atingiriam seria de 140 V.




Depois da experiência inicial de Milgram fizeram-se também por todo o mundo réplicas onde se obtiveram resultados semelhantes e nalguns casos mais elevados. Podemos enunciar alguns: 

- Na Itália, em 1968, 85% de grau de obediência;

- EUA, de 1967 até 1976 foram obtidos graus de obediência entre 30% e 91%;

- Na Jordânia, em 1978, 62,5%;

- Em Espanha, em 1980 foi obtido um grau de obediência de 50%;

- Na Áustria, em 1985, 80%.


A maioria dos psicólogos que analisaram a experiência de Milgram reconhece que os procedimentos seguiram métodos científicos e que os seus resultados foram fiáveis e devem ser tomados em consideração nas análises que possam vir a ser feitas.

Mas, tal facto, não inviabilizou um cortejo de críticas com vários fundamentos, principalmente de natureza ética.

Milgram disse suspeitar que a maioria das críticas que lhe eram dirigidas, não visavam a experiência em si, mas os seus resultados. Se os resultados tivessem apontado no sentido expectável de que o norte-americano não obedece a ordens imorais e potencialmente criminosas, não teria sido alvo de qualquer crítica.

E quais eram os resultados expectáveis?

Milgram inquiriu psiquiatras de Nova Iorque que estimaram segundo os seus conhecimentos especializados, que 0.125%, cerca de 1 em 1000 pessoas obedeceriam até ao final da experiência (450 V), 3,73% atingiriam os 300 V e que 50% dos “professores” abandonariam o experimento antes dos 150 V.


As réplicas experimentais realizadas em várias partes do mundo demonstram que o problema – se de problema se trata – é praticamente mundial e não pode ser assumido apenas pelos norte-americanos de Yale.




Quase 50 anos depois da primeira experiência de Milgram, Jerry Burger, pesquisador da Universidade de Santa Clara na Califórnia coordenou uma réplica, que pelos seus pressupostos tem uma importância fundamental na validação dos resultados anteriormente obtidos por Milgram. 

Burger expôs que as taxas de conformidade na replicação eram apenas ligeiramente inferiores às encontradas por Milgram. E, como Milgram, ele não encontrou nenhuma diferença nas taxas de obediência entre homens e mulheres.

Como na actualidade é impossível, por questões éticas, replicar na sua forma original a experiência de Milgram, Burger procedeu a adaptações.

Sempre que atingia os 150 volts parava a experiência para os 29 homens e 41 mulheres da pesquisa.




Quantificou quantos dos voluntários deram outra descarga, depois de receber uma ordem do coordenador, mas em vez de os deixar continuar susteve-os.

Cerca de 70% dos voluntários aceitaram ir além dos 150 volts.

"Foi surpreendente, e fiquei desapontado", afirmou Burger.


Segundo Burger, os que estudaram o trabalho desenvolvido por Milgram, perguntam-se se os resultados seriam totalmente diferentes nos dias de hoje. “Muitos apontam para as lições do Holocausto e argumentam que há uma maior consciência da sociedade sobre os perigos da obediência cega. Mas o que descobri são os mesmos factores situacionais que afectaram a obediência nos experimentos de Milgram que hoje ainda são válidos. “ – escreveu Burger.




Segundo o especialista, a experiência, publicada na revista científica "American Psychologist", explica, ao menos parcialmente, fenómenos como a tortura de prisioneiros pelas tropas de americanos no Iraque ou os eventos da Segunda Guerra Mundial. 

Burger validou os argumentos de Milgram. Efectivamente, se algumas pessoas forem colocadas em determinadas situações, irão agir de modo inesperado e até perturbante.  


O mais importante que ressalta desta experiência é que a responsabilidade dos actos é atribuída a quem exerce ou parece exercer a autoridade e os resultados são imputados ao mero cumprimento de ordens, tal como acontece e aconteceu em períodos de guerra. Por outro lado, o “professor” parece que se limita a responder a estímulos de autoridade sem que reflicta sobre eles, numa espécie de ausência de pensamento próprio.




Um problema de uma situação complexa de poder e de obediência, em que a obediência é muitas vezes cega.

Estamos perante uma pesquisa que terá de ter continuidade, apesar das limitações éticas a novos estudos.

Compreendo que não seja conhecido do grande público, nem que haja qualquer interesse em demonstrar que as conclusões de Milgram estão correctas.


Haverá alguém que queira admitir, que em determinadas situações poderá obedecer a ordens criminosas e potencialmente perversas, tornando-se agente das mais inimagináveis crueldades?




Não estaremos neste preciso momento a ser objecto de possíveis crueldades perpetradas por líderes sem escrúpulos?


***




José Maria Alves


https://homeoesp.blogspot.com/


https://homeoesp.org/



quinta-feira, 16 de setembro de 2021

FINANCIAMENTOS AO LABORATÓRIO DE WHUAN RELACIONAM FAUCI COM A CRIAÇÃO DE UM NOVO CORONAVÍRUS

 

FAUCI RELACIONADO COM A CRIAÇÃO DE UM NOVO CORONAVÍRUS


SENADOR RAND PAUL QUER FAUCI RESPONSABILIZADO POR TER MENTIDO




A Revista Visão publicou um artigo com base em notícias do Jornal The Intercept, que teve acesso a mais de 900 páginas de documentos que indicam o facto de entidades norte-americanas terem financiado em Wuhan estudos sobre a emergência de coronavírus.




Tais documentos, recentemente divulgados, evidenciam o trabalho da EcoHealth Alliance, empresa que tem sido escrutinada devido ao interesse crescente no conhecimento das origens da pandemia, com sede nos EUA, que terá utilizado dinheiro do Estado Americano para financiar a investigação do coronavírus em morcegos no laboratório de Wuhan, donde constam também duas propostas de financiamento realizadas pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, dirigido por Anthony Fauci.


Os documentos descrevem procedimentos experimentais em Wuhan e levantam uma série de dúvidas legítimas – não nos vamos alongar sobre esta matéria; só nos devemos pronunciar quanto às nossas intuições quando os factos as confirmarem.


São muitos os cientistas que acreditam que a pandemia surgiu de forma natural. Mas também existem investigadores que continuam a defender que o vírus foi criado em laboratório. Provavelmente nunca iremos saber a origem precisa da pandemia, até porque o tempo continua a destruir provas que poderiam ser essenciais para a sua determinação.

Nos últimos meses, alguns investigadores mais arrojados, solicitaram uma investigação mais detalhada às origens da pandemia. Joe Biden, em Maio, ordenou aos serviços secretos que estudassem o caso. No dia 27 de Agosto, Biden anunciou que o inquérito foi inconclusivo, para regozijo de uns e tristeza de outros.


As descobertas de documentos comprometedores têm gerado grandes contestações entre os republicanos, que apelam à renúncia de Anthony Fauci ao cargo na Casa Branca, por este ter negado que o seu Instituto financiou pesquisas perigosas de “ganho de função”, isto é, que intentavam desenvolver um novo coronavírus capaz de infectar os humanos.

Outros pedem uma investigação mais aprofundada sobre a relação de Fauci com as pesquisas realizadas no laboratório chinês.





O senador Rand Paul, que entrou repetidamente em acesas discussões com Fauci, durante a pandemia, elogiou, a divulgação dos documentos, dizendo que os materiais “deixam bem claro que (Fauci) precisa de ser responsabilizado”. 

Num confronto entre ambos, em Maio, Fauci tinha afirmado  que o “Instituto Nacional de Saúde nunca, nem agora, financia a pesquisa de `ganho de função´ no Instituto de Virologia de Wuhan.”


***


A questão do Coronavírus está a tornar-se num episódio vergonhoso e sem precedentes.

Mentiras, omissões, informações contraditórias e falsas, interesses económicos de particulares, das farmacêuticas e dos próprios Estados, má-gestão da pandemia com a informação manipulada pelos próprios governos e autoridades de saúde, e com a conivência dos órgãos de comunicação social, uma censura sem critérios que só pode ser compreendida em estados autocráticos, e por fim, algo que não atingimos, mas intuímos.


O tempo irá esclarecer o muito que está por esclarecer.

Será tarde.


***

    




Veja-se o artigo

HOMEOPATIA E COVID-19  - PREVENÇÃO E TRATAMENTO


E os restantes artigos citados no fim do mencionado artigo.


***



José Maria Alves

https://homeoesp.blogspot.com/

https://homeoesp.org/


terça-feira, 14 de setembro de 2021

ASSINTOMÁTICOS E TRANSMISSÃO DA DOENÇA - VACINADOS E ISOLAMENTO PROFILÁTICO - MINISTRO DA SAÚDE DE ISRAEL E O PASSAPORTE VERDE


OS ASSINTOMÁTICOS SÓ SÃO TRANSMISSORES DA DOENÇA QUANDO RESPIRAM


Terei visto e ouvido o que vamos ouvir a seguir? Não é possível! 

Isto, com todo o respeito por todos aqueles que sofreram, faleceram e continuam a sofrer com a COVID 19.







Assim:

Os assintomáticos só são transmissores quando respiram;

Quando os assintomáticos estão mortos não respiram e não são transmissores.

Logo, quando estão mortos e respiram são transmissores.





***


OS VACINADOS DEIXAM DE ESTAR SUJEITOS AO ISOLAMENTO PROFILÁTICO


Graça Freitas quer acabar com o isolamento profilático para os cidadãos vacinados. É uma medida defendida por muitos especialistas, incluindo os consultores do governo no que toca à covid-19.




Digo:

Os vacinados não são passíveis de contágio.

Os vacinados não contagiam praticamente ninguém.

Logo, não há que proteger os restantes cidadãos (vacinados ou não) dos vacinados, nem se justifica que os vacinados se protejam. 


Já vimos em artigos anteriores que nada do que escrevi é verdadeiro. Os estudos científicos têm demonstrado precisamente o contrário.

Santa Burrice.


***


Tal como escrevemos no dia 8 do corrente mês:

“Em Portugal a DGS indica a existência de 39.910 casos activos e em vigilância 40.335.

Repetindo o que já disse em artigos anteriores e que não vejo nenhum “especialista” analisar, das duas, uma:

Ou os números estão correctos e os portugueses são eremitas (não podem ser sequer semi-anacoretas) – não me vou alongar: cada português infectado contacta apenas uma pessoa e um pedacinho de outra, que possa eventualmente ser infectada e que justifique a vigilância… Enfim!

Ou não há qualquer controlo por parte das autoridades de saúde, o que irá dar muito mau resultado dentro em breve.

A negligência é algo que tem um preço muito elevado.

Eu, pessoalmente, já não me acredito em nada que venha do Ministério da Saúde ou da DGS.”


Graça Freitas ou nos ouviu ou teve um “acesso súbito de inteligência periódica”.

Confirmou numa entrevista publicada no dia 13 do mesmo mês, que a DGS está a reconsiderar o esquema de publicação diária de relatórios de situação com o número de novos casos de infecção pelo SARS-CoV-2 – e outros elementos, dizemos nós, uns que apenas geram dúvidas e outros que são omissos, como o número de testes realizados. 

“O foco vai tender a ser na doença propriamente dita e não tanto na infeção”, disse a directora-geral da saúde, dizendo também que a frequência do documento está a ser “equacionada” para “aumentar o intervalo desta publicação”. 


Parece que estamos a estabelecer prioridades:

É necessário tratar a doença.

A infecção é secundária.

Logo, ou não vai haver prevenção ou os doentes não são infectados... 

Será? Há aqui algo que não bate certo. Até eu começo a ficar confuso.


De qualquer forma é melhor, muito melhor do que ter uma publicação diária de que muitos duvidam ou que demonstra inequivocamente a ineficácia do controlo epidemiológico e de rastreamento, que vai ou poderá ter graves consequências no Outono/Inverno.



***


O MINISTRO DA SAÚDE DE ISRAEL E O “PASSAPORTE VERDE”





O Ministro da Saúde de Israel, Nitzan Horowitz não sabendo que estava com o microfone ligado e em transmissão directa para uma estação de televisão, admitiu hoje que os Passaportes de Vacinas servem principalmente para “coagir” os cépticos a deixarem-se vacinar. 


Nada de que não nos  tivéssemos apercebido

As motivações de tais documentos não eram as invocadas. Bastaria um simples raciocínio para o entender...


A imposição de regras do “passe verde” é necessário para que mais pessoas se vacinem, e não por razões médicas.

Mas sendo desnecessária a sua imposição, alega que o problema são os não-vacinados, que precisam de ser influenciados sob pena de não sairmos desta situação (pandémica).  


Não foi ninguém a ver que o rei ia nu, mas o próprio rei que o afirmou sem que o quisesse fazer, já que nem governantes, especialistas e povo o viu na sua "nudez", por ignorância ou por "interesse".


***




Veja-se o artigo

HOMEOPATIA E COVID-19  - PREVENÇÃO E TRATAMENTO


E os restantes artigos citados no fim do mencionado artigo.


***



José Maria Alves

https://homeoesp.blogspot.com/

https://homeoesp.org/


quarta-feira, 8 de setembro de 2021

ISRAEL PREPARA-SE PARA A 4.ª DOSE DA VACINA

 


4.ª DOSE DA VACINA - ISRAEL




O responsável pela gestão da pandemia em Israel pediu aos israelitas que se comecem a preparar para uma nova dose da vacina, já que o vírus está entre nós e aqui continuará – a quarta, enquanto ainda há dias começaram a vacinar a 3.ª dose…


Salman Zarka diz que a COVID-19 veio para ficar e que a próxima dose de reforço deverá ser ajustada para as novas variantes, referindo-se à variante delta – não tenhamos dúvidas que virá a lambda e outras, até que esgotemos o alfabeto grego.

Segundo ele, esta será a nossa vida de agora em diante, provavelmente, digo eu, como já me tinha apercebido há muito, com vacinações sucessivas.




Disse ainda, “que pensando na ineficácia das vacinas e dos anticorpos, parece que a cada poucos meses - pode ser uma vez por ano ou cinco ou seis meses - vamos necessitar de uma nova vacinação.”


***


Em Portugal a DGS indica a existência de 39.910 casos activos e em vigilância 40.335.


Repetindo o que já disse em artigos anteriores e que não vejo nenhum “especialista” analisar, das duas uma:

Ou os números estão correctos e os portugueses são eremitas (não podem ser sequer semi-anacoretas) – não me vou alongar: cada português infectado contacta apenas uma pessoa e um pedacinho de outra, que possa eventualmente ser infectada e que justifique a vigilância… Enfim!

Ou não há qualquer controlo por parte das autoridades de saúde, o que irá dar muito mau resultado dentro em breve.


A negligência é algo que tem um preço muito elevado. 

Eu, pessoalmente, já não me acredito em nada que venha do Ministério da Saúde ou da DGS.


***




 


Veja-se o artigo

HOMEOPATIA E COVID-19  - PREVENÇÃO E TRATAMENTO


E os restantes artigos citados no fim do mencionado artigo.


***



José Maria Alves

https://homeoesp.blogspot.com/

https://homeoesp.org/


terça-feira, 7 de setembro de 2021

VERTIGENS – VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA (VPPB) – MANOBRA DE EPLEY


VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA (VPPB) – MANOBRA DE EPLEY

VERTIGEM - HOMEOPATIA





É a sensação de tontura agoniante que ocorre quando os nossos órgãos do equilíbrio e os olhos transmitem mensagens contraditórias relativamente ao nosso movimento.

A vertigem é normalmente acompanhada de uma sensação de náusea – que pode ser provocada por infecções do ouvido interno, tumores, e até por lavagens do tímpano com água morna - extraordinariamente incomodativa.


Quando a vertigem ocorre apenas numa determinada posição, definimo-la como posicional.

Quando surge em surtos rápidos e muito intensos, denomina-se paroxística.




Na Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), o paciente deve utilizar o método do otorrinolaringologista John Epley.



Qualquer pessoa pode com facilidade executar as manobras de Eply,

que é praticamente infalível na cura desta patologia.




(Tem outros vídeos explicativos disponíveis no You Tube)


***


A medicina tentou durante milhares de anos resolver o problema da VPPB sem sucesso.

Epley, em 1980, com um método simples e acessível superou todos os esforços e pesquisas. 


***


HOMEOPATIA


Para outros tipos de vertigens ver (diagnóstico diferencial):


Argentum nitricum, Borax, Bromium, Bryonia, Causticum, Cocculus, Conium, Cyclamen, Ferrum, Gelsemium, Iodum, Natrum muriaticum, Nux vomica, Petroleum, Phosphorus, Pulsatilla, Rhus toxicodendron, Silicea, Theridion.


Vertebrais –

ARANEA DIADEMA 3 CH, 3 gotas 3 a 4 vezes por dia.



***



José Maria Alves

https://homeoesp.blogspot.com/

https://homeoesp.org/




COMÉRCIO DE ESCRAVOS – PORTUGAL-BRASIL – PEDIDO DE DESCULPA AOS MEUS IRMÃOS BRASILEIROS

 

COMÉRCIO DE ESCRAVOS

PORTUGAL - BRASIL



                                                                               

Mercado de escravos


***




Há séculos que a escravatura é uma realidade.




O comércio de escravos do Médio Oriente, entre o século VII e IX, foi realizado pelos árabes que escravizaram sobretudo africanos, o que levou à morte de cerca de 18 milhões deles.


***




O comércio de escravos do Atlântico terá começado por volta de 1434, findando em finais do século XIX – não obstante a escravatura de “facto” não tenha terminado de imediato.

Os escravos eram transportados da África para a América do Sul e do Norte por navios negreiros, também denominados "tumbeiros" (o nome diz tudo - tumbeiro » tumba) pertencentes a comerciantes portugueses, espanhóis, franceses, ingleses, holandeses e alguns americanos.


*** 


O COMÉRCIO DE ESCRAVOS EM PORTUGAL





Alguns historiadores referem que foi a partir da viagem de Gil Eanes, que trouxe para Portugal a primeira “carga” de escravos, que os portugueses os começaram a traficar, detendo o domínio deste comércio durante o século XV.

No entanto, a criação de feitorias como a de Arguim no ano de 1450, permitiu que fossem vendidos em segurança os produtos portugueses, em troca de ouro, especiarias e escravos.

Foram inclusivamente criadas "legalmente" várias companhias para o efeito, como a de Lagos, no ano de 1444. 



A própria Igreja de Roma pela Bula Dum Diversas de 18 de Junho de 1452, do papa Nicolau V, concedia a D. Afonso V e seus sucessores, a faculdade de conquistar e subjugar as terras dos infiéis e de os tornar escravos. 




Aos portugueses, neste próspero negócio em terras de África, apadrinhado pela Igreja e pela monarquia, que apesar de tudo se manteve ainda que encapotado quase até ao fim do Império, seguiram-se-lhe os espanhóis, ingleses, holandeses e franceses.


Crianças em navio negreiro - 1840


Os escravos foram transportados até ao século XIX em navios vindos de África, apelidados de “negreiros” ou “tumbeiros”. Os comerciantes compravam escravos já escravizados por outros africanos, aprisionados nas guerras tribais. 

Homens, mulheres e crianças, todos acorrentados, eram literalmente amontoados em pequenos compartimentos do porão onde grande parte sucumbia à demorada viagem. Nesse local de transporte, faziam as suas necessidades, vomitavam por enjoo de mar ou doença, comiam a parca comida que lhes era atirada do convés e conviviam com os corpos dos que iam morrendo e rapidamente entravam em putrefacção, no meio das fezes, urina e vómitos.

Por vezes, em temporais de mar grosso, desfeito, os capitães ordenavam que fossem alijados ao oceano os corpos dos mortos e dos moribundos, aliviando assim a carga do navio para que melhor pudesse suportar a fúria do mar.




No século XVI os escravos passariam a ser exportados para o Brasil nessa abominação denominada “navios-negreiros”. No século XVII, Angola, pelo porto de Luanda, foi um dos mais importantes centros de comércio de escravos para o Brasil.


Escrava com menino branco no Brasil em 1860


Cerca de 12 milhões de homens, mulheres e crianças, atravessaram o Atlântico rumo às Américas, de molde a satisfazer as necessidades de mão-de-obra e libidinosas de colonos sem escrúpulos.

No reinado de D. José, em 12 de Fevereiro de 1761, por obra do Marquês de Pombal foi abolida no Reino de Portugal (só na Metrópole) e na Índia a escravatura. Nada como parecer o que se não é…

Em 1807 a Inglaterra decreta o Acto contra o Comércio de Escravos, seguindo-se o Acto da Abolição da Escravatura de 1833.

Não fora a actuação da maior potência naval do mundo à época e a escravatura ter-se-ia mantido por mais umas dezenas de anos.

Como escreveu Sá da Bandeira em 10 de Dezembro de 1836, aquando da abolição quase integral da escravatura, “O infame tráfico dos negros é certamente uma nódoa indelével na história das Nações modernas”.





***


PEDIDO DE DESCULPA


Já que nenhum chefe de estado ou governante português teve a coragem de pedir desculpa pública pelos hediondos crimes cometidos por portugueses (cristãos…) na colonização do Brasil por escravos africanos, faço-o eu, a todos os que faleceram e a todos os que deles descendem.


A todos os africanos que foram afastados das suas famílias e origens, transportados e vendidos por comerciantes ignominiosos,  como "animais" em mercados de escravos.

A todos os que morreram nas terríveis viagens que tiveram de fazer acorrentados como animais selvagens.

A todos os que foram mortos e torturados física e psicologicamente pelos seus "donos" inumanos. 

A todos os que foram desumanamente explorados na sua força de trabalho, incluindo crianças.

A todas as mulheres e crianças escravizadas, criminosamente violadas pelos "donos" e seus familiares, capatazes, feitores, entre outros. 

A todos os seus descendentes, que carregam nas suas memórias e genes, um dos actos mais cruéis da história.

 

Sinto muito. Quem o fez não pode de modo algum ser cristão, merecendo o desprezo dos que tanto sofreram e morreram às mãos do lucro, da ganância e da lascívia, apadrinhada pelo Papa Nicolau V e pelos reis portugueses, e não podem de modo algum ser considerados pessoas de bem, quanto mais heróis neste seu país.

Conheciam e apregoavam o Evangelho, mas deles pode dizer-se como disse Ghandi: "Amo o cristianismo, mas odeio os cristãos, pois não vivem segundo os ensinamentos de Cristo."

Os "negreiros" e os que permitiram o tráfico de escravos não eram cristãos, eram criminosos.

Sinto-me envergonhado pelos “negreiros” e por todos os que são incapazes de assumir os erros da história.



Menino escravo


***



CASTRO ALVES - NAVIO NEGREIRO



Vídeo I





Vídeo II


***



Portugal foi quem deu início ao comércio de escravos no Atlântico.

Portugal é o principal responsável e instigador da concorrência neste infame comércio por parte de outras nações.

Estou convencido de que foram muito mais de 12 milhões de africanos escravizados e de que podem ter morrido cerca de 3 milhões na travessia do Atlântico.


Quer se queira quer não, ouve uma verdadeira hegemonia de portugueses e brasileiros no comércio de escravos.


Há um estudo publicado na revista “Stvdia”, nº 50, de 1991, intitulado “Para o estudo do tráfico de escravos de Angola (1640-1668)”, da autoria de Maria Luísa Esteves, do Centro de Estudos de História e  Cartografia Antiga, do Instituto de Investigação Científica Tropical, onde se pode ler: (…)“era verdadeiramente desumana” a maneira como, naquela época, os escravos originários de Angola eram transportados para o Brasil.

“A fim de evitar os suicídios em massa, pois muitos deles preferiam a morte a ir trabalhar para a América, metiam-nos na coberta do navio, aferrolhados e apertados uns contra os outros, mal podendo respirar. Nestas condições e com uma alimentação insuficiente e má, feita quase sempre com géneros deteriorados, não era para admirar que grande parte deles morresse pelo caminho. A percentagem de 30 a 40 por cento era considerada normal e a designação dada aos navios empregados neste tráfico – ‘tumbeiros’, de tumba – mostra eloquentemente, tornando desnecessárias mais explicações, o que seriam tais viagens nessa espécie de ‘esquifes flutuantes’.”


Em Fevereiro de 1992, na Ilha de Gorée (Senegal), o Papa João Paulo II referiu que o comércio de escravos teve a participação de “pessoas baptizadas, mas que não viveram a sua fé”, e declarou: “A partir deste santuário africano do sofrimento negro, imploramos o perdão do céu”.


Em 30 de Janeiro de 2006, o ex-presidente francês Jacques Chirac destacou o dia 10 de Maio como um dia nacional em memória das vítimas da escravidão promovida pela França.


Em 31 de Maio de 2007, o governador do Alabama, Bob Riley, assinou uma resolução expressando “profundo pesar” pelo papel do Estado na escravidão e pediu desculpas pelos erros e efeitos remanescentes. O Alabama foi o quarto estado do Sul a fazer um pedido de desculpas formal pela escravidão, após Maryland, Virgínia e Carolina do Norte.


Em 30 de Julho de 2008, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou uma resolução pedindo desculpas pela escravidão e por leis discriminatórias posteriores.


Em 18 de Junho de 2009, o Senado dos Estados Unidos emitiu um comunicado pedindo desculpas e condenando as “fundamentais injustiças, crueldades, brutalidades e desumanidades da escravidão”, uma notícia bem recebida por Barack Obama.


A 23 de Abril de 2017, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa, afirmou que o poder político português reconheceu a injustiça da escravatura quando a aboliu, em parte, do seu território pela mão do Marquês de Pombal, em 1761. 

Esqueceu-se o presidente que alardeava tanta cultura e conhecimentos, enquanto comentador de um canal televisivo, de que só em 1836 foi oficialmente decretada a abolição da escravatura e de que só a partir do ano de 1869 deixou de haver escravos – se deixou…- em todo o território português? Não, não se esqueceu. Mas ter conhecimentos não implica sabedoria. E quanto a sabedoria o presidente português é “analfabeto”.

Nunca deveria ter ido à Ilha de Gorée, nem em Julho ao Brasil, sem que reconhecesse expressamente o infame papel português no tráfico de escravos, com o inevitável pedido de desculpas. 

É isso que se pede a um homem de carácter e não “desculpas esfarrapadas”.


***



José Maria Alves

https://homeoesp.blogspot.com/

https://homeoesp.org/