A BUROCRACIA FRAGILIZA OS ESTADOS E É A ALAVANCA DA BAIXA PRODUTIVIDADE E DE DECISÕES CATASTRÓFICAS
Ortega e Gasset, décadas antes de L. J. Peter, em 1969, ter enunciado aquele que ficou conhecido como Princípio de Peter, escreveu:
“Todos os funcionários públicos deveriam retroceder ao nível imediatamente abaixo do seu, dado que foram sendo promovidos até se tornarem incompetentes."
Segundo o denominado Princípio de Peter, numa determinada hierarquia, em qualquer tipo de organização, cada funcionário tende a ascender até ao seu nível de incompetência.
Quando atinge o seu nível de incompetência, mantém-se nessa categoria – o Peter’s plateau.
Imaginemos, pois, governos, organizações internacionais, autarquias, empresas, geridos por incompetentes…
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No ano de 1955, Cyril Parkinson formulou um princípio, que veio a ser apelidado de Lei de Parkinson.
Esta lei diz-nos que a burocracia se expande da mesma forma que os gases, ou seja, tanto quanto lhe for possível.
Por efeito da burocracia os funcionários tendem a multiplicar os subordinados, mesmo que a quantidade de trabalho seja a mesma ou até quando diminui.
Os trabalhadores que já não querem fazer o seu trabalho, porque se sentem incapacitados para o fazer ou que por mera preguiça lhes não apetece fazê-lo, têm à sua disposição – directa ou indirectamente – três mecanismos de que se podem socorrer. Podem demitir-se, partilhar o trabalho com um colega ou fazer com que sejam contratados dois subordinados. É evidente que as duas primeiras soluções não são as que melhor se adequam aos seus interesses de progressão na carreira, optando pela terceira.
Deste modo, o trabalhador passa a executar um terço do trabalho que lhe estava destinado podendo progredir na carreira sem que ninguém possa concorrer com ele.
No entanto, os subordinados que passaram a executar dois terços do trabalho do seu chefe que ascendeu a um cargo superior na pirâmide do seu emprego, público ou privado, vão também fazer os possíveis para que sejam contratados dois subordinados para cada um deles.
As tarefas que começaram por estar atribuídas a um só trabalhador estão agora divididas por seis.
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Analisando em conjunto os dois princípios – Peter e Parkinson –, verificamos que este é um elemento chave para que uma nação – como Portugal e muitas outras do 2º Mundo B – ou organização tenham um fraco índice de produtividade, principalmente ao nível do Estado, e para além disso uma gritante e generalizada incompetência.
Como é que incompetentes preguiçosos, arrogantes, incultos e gananciosos podem dedicar as suas vidas aos problemas mais urgentes da sociedade ou da humanidade, como o da distribuição da riqueza e o ambiental?
Muito especialmente a este último, que nos está a conduzir a uma EXTINÇÃO MASSIVA, a Extinção em Massa do Antropoceno.
O que acontece, porque como dizia Gregório de Matos, o homem honesto é pobre, o ocioso triunfa e o incompetente manda.
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José Maria Alves
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