TORNA-TE UM CIENTISTA CLIMÁTICO EM 30 MINUTOS
VÍDEOS E TEXTO
PAUL BECKWITH
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O cientista em Ciência Climática Paul Beckwith é professor a tempo parcial no laboratório de paleoclimatologia e climatologia, Departamento de Geografia, Universidade de Ottawa.
Paul ensina climatologia e meteorologia e pesquisa as mudanças climáticas abruptas no passado e no presente.
Paul, em dois vídeos, procura num curto espaço de tempo – cerca de 30 minutos –, ensinar-nos a compreender o clima e as suas implicações, ou seja o que está a acontecer neste momento no nosso planeta com o auxílio de um excelente programa, como teremos oportunidade de ver.
A tradução foi realizada pelo blogue alterações climáticas e é um auxílio para os que queiram estudar a matéria constante dos vídeos.
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PARTE I
Torna-te num Cientista Climático em 15 Minutos, Parte 1/2
Olá! O meu nome é Paul Beckwith, da Universidade de Ottawa, do Laboratório de Paleoclimatologia. Hoje, nos próximos 15 minutos, vou ensinar-vos, basicamente, como se podem tornar num cientista do clima, usando um óptimo software.
Se pesquisarem no Google “earth nullschooll” ou
poderão obter o que vêm aqui na tela e irei guiar-vos através dela, e deixar-vos determinar o que está a acontecer com o nosso planeta.
Então, esta é a tela principal, earth.nullschool.net. Se apenas clicar em “terra” isso abre os menus. Primeiro de tudo, para o que é que estamos a olhar? Se quiser descobrir para o que está a olhar, basta clicar em “earth” e isso dá-lhe a latitude e a longitude, e neste caso temos os ventos, a 60 km por hora, e dá-lhe a direcção dos ventos. Então, o que se pode fazer? Pode-se arrastar a Terra à volta e olhar de diferentes pontos de vista. Portanto, isto está a observar uma vista do Árctico, por exemplo, e em seguida, irá actualizar após alguns segundos. Pode usar a roda do rato para fazer zoom-in e zoom-out e quando se aumenta o zoom aumenta a resolução, assim podem olhar para regiões específicas e continuar a arrastar e ver o que acontece.
Estas áreas vermelhas, o que é que está a acontecer lá, perto da Gronelândia? Basta clicar sobre elas e pode ver-se que os ventos são mais fortes lá; no verde mais claro os ventos são mais fracos, nesta cor verde-amarelada os ventos são mais fortes.
Então, é assim que se navega, basicamente, à volta do planeta, olhando para qualquer ponto que se deseje.
Agora, como é que se vai mudar o menu?
Clica-se em “earth”, que controla tudo. Se quiser obter mais informações sobre o que está a medir pode clicar em “about” e obtém-se esta imagem aqui, e pode fazer-se scroll para baixo e diz-lhe que esta é uma visualização das condições meteorológicas globais, projectada por supercomputadores, actualizada a cada três horas. As correntes de superfície do oceano são actualizadas a cada cinco dias, etc … Pode ir para baixo obtendo informações sobre quem está a fazer …, quem criou o software, as fontes de dados de onde vêm, o computador hospedeiro das informações, informações sobre os níveis de pressão, 1000 hectopascais (hPa), isto é a cerca de 100 metros (m), condições próximas do nível do mar. O importante são os 250 (hPa), é muito importante; é onde as correntes de jato estão, sobe-se para a estratosfera e assim por diante; à medida que se sobe a pressão diminui. Também se pode obter informações sobre todos os outros parâmetros, como a forma como as ondas são medidas, a concentração de CO2, aerossóis, etc.
Toda a informação está nesta página.
Para voltar, clicar em “earth” outra vez o que nos traz de volta ao globo. Agora, vamos passar por alguns dos menus e ver o que existe, primeiro que tudo. Também informa que estamos a olhar para o vento na superfície, diz-nos a data em que os dados são recolhidos; então, é basicamente em tempo real. Hoje são 7 de Abril, diz-lhe 20:00 hora local. São dados da GFS, dados da Global Forecast System, do US National Weather Service, do National Center for Environmental Prediction.
Estamos a olhar para os dados de agora e pode ir-se para trás ou para a frente, Então, se formos aqui, que é o dia antes, vêm, ele faz scroll para o dia antes, e podemos continuar a rolar para voltar um dia inteiro. Se se clicar na seta menor volta-se atrás uma hora, e pode desligar-se a animação do vento e apenas vemos esta imagem, ou pode ligar-se a animação. Assim, as cores, os níveis, sobressaem mais quando se tem a animação desligada. Pode ver-se o ar, o oceano, a química e partículas, e estas são as altitudes na atmosfera, logo, se queremos olhar para a corrente de jato, por exemplo, vamos para os 250 (hPa), que são 250 milibares, e é essa a altitude das correntes de jato.
Se simplesmente clicarmos em “earth”, outra vez, desligamos o menu, e podemos ver o que está a acontecer com o jet-stream. Assim, se formos para a América do Norte, por exemplo, e olharmos para o que os jatos estão a fazer, podemos ver a imagem da América do Norte por baixo e podemos ver o que está a acontecer com a ondulação dos jatos. As correntes de jato movem-se de uma forma zonal de Oeste para Este e isso é por causa da rotação da Terra. As coisas desviam-se para a direita no Hemisfério Norte, então, o ar que se move para cima desde o Equador desvia para a direita, concentra-se a uma altitude de 11 km, em média, e obtemos o jet-stream. Podemos ver o jato a dividir-se em duas passagens aqui, e isto é uma grande calha aqui, esta é uma grande crista aqui, então o ar seco e quente sobe para a crista aqui há ar mais estável, de alta pressão, quente, e obtém-se ar frio e baixas pressões tempestuosas nas calhas da corrente de jato. Assim, a corrente de jato é como uma barreira entre o ar frio do Árctico e o ar mais quente e húmido mais a Sul. Pode-se se diminuir o zoom aqui, pode ver o que o jato está a fazer; a corrente está muito ondulada, distorcida e fragmentada. Estamos agora na estação de transição, entre o Inverno e o Verão no Hemisfério Norte.
O Árctico está extremamente quente. Como vemos a temperatura? Podemos ver a temperatura, clicando em “earth”, indo a “ar”, olhando para a superfície, olhando para a temperatura aqui. Então isto está a mostrar a temperatura, e pode verificar isso, pode clicar sobre estas áreas. Está muito frio nas áreas roxas, mas vejam este ar quente vindo aqui para cima, então, isto são 6,2 graus Celsius (°C), acima de zero, indo para cima direitinho para o Árctico, e pode relacionar tal facto com a corrente de jato. Se se voltar à superfície, vento, pode ver-se…, não se pode ver muita coisa a acontecer ali, os jatos estão a fazer reviravoltas aqui. Mas geralmente pode relacionar essas excursões com o local onde o jato está, talvez por isso o ar quente…, pode ver-se ar quente a ser arrastado aqui para cima, atravessando aqui. Isto é o que está a acontecer agora, poderia ter sido arrastado até lá um pouco mais cedo e é por isso que está particularmente quente naqueles lados. Há muitos outros factores aqui, pode ir para cima meio caminho através da atmosfera, cerca de 500 milibares. Então, pode fazer muitas coisas com o ar. Pode também ter diferentes pontos de vista, e então, se formos aqui, podemos ver a Terra nesta visão expandida aqui. Assim consegue ver os jatos claramente aqui, pedaços que saem do jato, e pode ver como estão muito fracturados e divididos, que está a tornar-se mais e mais normal; se quiserem, no nosso período de mudança climática brusca para um planeta muito mais quente. Há muita luta de puxões a acontecer entre o ar quente e o frio.
Há também outros pontos de vista por onde podem olhar que são muito estranhos e esquisitos, não são usados com muita frequência, mas apenas para saberem que estão lá, projecções diferentes, por exemplo, são usadas dependendo do que se está a analisar, mas, principalmente, vamos apenas usar este aqui, que é muito útil, e a projecção sobre um plano 2D, e aqui é o globo, que eu prefiro. Estas sobreposições: vento, temperatura, humidade relativa, se não estiverem seguros do que são, mantenham o rato sobre eles. Densidades instantâneas de energia eólica — quanta energia existe nos ventos. Água Precipitável Total; basta passar com o rato para obter a leitura. Água Total nas Nuvens, pressão média ao nível do mar. Isto é algo chamado de Índice de Miséria, que combina temperatura e humidade. Portanto, se o Índice de Miséria for alto, obviamente, não vão querer ficar lá fora muito tempo.
Vamos dar uma olhada no que está a acontecer no oceano. Então, se eu clicar em “Ocean” aqui, e olharmos para as correntes, e olharmos para a temperatura da superfície do mar, isso dá-nos a temperatura dos oceanos, Então, pode ver que o El Niño ainda está a acontecer aqui no Pacífico, a água quente está aqui mas está a espalhar-se; este costumava estar tudo roxo. Como sabemos? Podemos voltar atrás no tempo. Ao irmos aqui e apenas clicando aqui atrás e voltamos no tempo; então, são 5 dias mais cedo, 5 dias antes disso, vamos continuar a voltar um pouco atrás e pode ver como a temperatura da superfície do mar está a mudar. Na realidade, é muito mais claro se se olhar para a anomalia da temperatura de superfície do mar. Esta é a temperatura do oceano neste dia e hora em particular, e é a anomalia em relação ao que seria normalmente, a média a longo prazo. Consegue-se ver esta área, é 2,6° C mais quente do que o normal. E se se voltar atrás um pouco mais pode ver a água quente, de modo que o El Niño estava muito mais forte no início do ano, pode ver que há muito mais amarelo, estava muito mais quente e voltamos atrás, e tem enfraquecimento em força, e tem vindo a espalhar-se…, sim, aqui vamos nós, então, está muito, muito forte, OK? Estamos apenas a voltar aos dias anteriores, e por isso estamos a ver um El Niño muito poderoso aqui. Toda esta área até 3,5 graus mais quente do que o normal. O que é interessante é que pode ver também aqui no Pacífico Norte, pode ver que há alguma água fria aqui, isto é água quente, temos uma mancha de água quente aqui, a qual contribuiu para a seca da Califórnia. E se formos para a frente no tempo, podemos ver o que está a acontecer e, na verdade, esta água fria que está a sair do Estreito de Bering está a infiltrar-se no Pacífico, em grande medida, e está de facto a expandir-se em área e expandindo a região que ela abrange. Estou apenas a clicar; estamos no 23 de Fevereiro. Podemos ver isto a ficar maior. Então, podemos fazer um monte de, tipo, fazer perguntas e tentar respondê-las para vermos o que está a acontecer ao longo do tempo na Terra. OK? E então, assim que encontrarem alguma coisa interessante…, olhem para esta água fria aqui. Isto está quase 3 graus mais frio do que o normal e ainda há água muito quente aqui em cima ao longo da costa e ainda temos este forte El Niño em curso. E vamos continuar aqui …, em Março …, lembrem-se, a cada 5 dias é actualizado, e pode ver a extensão desta …
Aqui vamos nós, os dados mais recentes. Então, temos água muito fria a sair e temos a água muito quente do El Niño que se está se espalhar para latitudes mais altas e mais baixas à medida que o ciclo do El Niño se aproxima do final. Vamos olhar para outra região do planeta. Vamos olhar para esta mancha fria no Oceano Atlântico, a sul da Gronelândia, e vamos ver como isso evolui ao longo do tempo. Então, isto é onde estamos agora. Se tentarem ir para a frente no tempo, ele diz que “não há dados”, então não há dados para esse dia. O último dia que temos dados é de há alguns dias atrás. Então, vemos a Corrente do Golfo muito quente a atravessar-se aqui, 7 graus mais quente do que o normal, existem algumas áreas aqui que estão a 10 graus, podem expandir e encontrá-las, mas também vemos esta colisão da água quente da Corrente do Golfo e temos a água fria proveniente de…, descendo através do Estreito de Nares, deste lado da Gronelândia; também temos água fria chegando aqui, e temos alguma água quente aqui, que creio ser proveniente de rios…, parece estar a atravessar, na verdade consegue-se voltar atrás e ver de onde está a vir. Então, vamos dar uma olhada, vamos começar a recuar um pouco. Então, se voltar no tempo…, olhem para esta água aqui. Há um choque… Olhem para esta água aqui; este é um segmento muito frio, 7,2°C mais frio que o normal, e aqui temos água que está 8 graus mais quente que o normal, praticamente, e 7 graus. Então, de facto encontrei uma área onde estava 10 graus mais quente do que o normal, de modo que é uma diferença de 17 graus. Há esta mancha de água fria, e de onde é que isso veio? Bem, é água que está a descer daqui e depois foi cortada pela corrente do golfo.
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PARTE II
Torna-te num Cientista Climático em 15 Minutos, Parte 2/2
Tive que estender os 15 minutos para 30 minutos. O que estava a mostrar era…, isto são as correntes do oceano, e a anomalia da temperatura de superfície do mar. E isto é a data, foi a 3 de Abril, há alguns dias atrás. O que podem ver é a Corrente do Golfo a vir em força através do Atlântico Norte e podem ver que há água fria a descer desde o Árctico, isto é através do estreito de Nares a oeste da Gronelândia; também há água fria a descer pelo estreito de Fram, e esta água atravessa o oceano, e aliás temos duas águas a passar: a Corrente do Golfo muito quente, e a água muito fria do Árctico, e elas colidem aqui, e é por isso que obtemos muita estrutura aqui. Se olhar para esta região em particular, a anomalia é de -10.2°C mais frio do que o normal, apenas nessa região, enquanto mesmo ao lado estão quase cerca de +8° C. Isto é uma enorme diferença de temperatura.
Podem ver esta estrutura aqui, como se houvesse uma batalha entre a água fria do degelo do Árctico, a colidir com a água quente. Podemos ir atrás no tempo e ver como este padrão se desenvolveu, e esta mancha fria se está a tornar uma característica permanente nos últimos tempos, e é preocupante porque significa que as correntes do oceano no Atlântico inteiro estão a reajustar-se. Mostrei no vídeo anterior como elas estavam a mudar igualmente no Pacífico. Se clicar aqui posso ir para trás para os dados anteriores. Então, isto é a 29 de Março e podemos segui-lo à medida que vamos para trás. São cerca de 5 dias de diferença em cada nova imagem; estamos a ir atrás no tempo e o que podemos ver é como a batalha se está a desenrolar entre as águas frias e quentes. E então, a Corrente do Golfo aqui está muito poderosa. Elas quase que se cortam uma à outra num ângulo de 90 graus, nesta luta de puxões. Vamos um pouco mais para trás.
Por favor pesquisem Earth nullschool, e abram esta ferramenta.
Trouxemos este menu para cima ao clicar em Earth. Seja lá onde for que cliquem no mapa, mostra-vos a latitude e longitude, e mostra a velocidade da corrente do oceano, neste caso, e a direcção, e a anomalia da temperatura, dependendo daquilo que se selecciona.
Clicamos em Earth para trazer o menu novamente e vamos atrás no tempo um pouco mais aqui, e ver o que acontece. O que se pode ver é a variação à medida que voltamos atrás. Agora estamos no início do ano e vemos uma anomalia da temperatura muito muito quente na Corrente do Golfo, e durante toda a estação do Inverno temos tido esta água a sair do Árctico e a mancha fria aqui, e estão numa batalha as duas. Vamos dar uma olhada e ver.
Nalguns vídeos mais antigos falei da destruição do recife de coral na Austrália. Temos a Austrália aqui. Agora, o recife de coral, a grande barreira do recife estende-se nesta distância enorme ao longo da linha costeira aqui. Então, vamos fazer zoom nesta região e ver o que se passa com a anomalia da temperatura de superfície do mar. Ok, vamos pô-lo grande, zoom in. Talvez grande demais, vamos tentar isto. Então isto é o início do ano. Isto é a 14 de Janeiro, e agora vamos voltar ao presente, em aumentos de 5 dias, e pode ver a anomalia da temperatura de superfície do oceano, o azul é mais frio que o normal, apenas ligeiramente mais frio que o normal, aqui ligeiramente mais quente do que o normal. Não acontece muita coisa aqui. Há alguma água quente aqui…, 1.1° C. Se a água ficar demasiado quente ou demasiado fria, então os pólipos, o plâncton simbiótico, o zooplâncton que vive no coral numa relação simbiótica com os pólipos, eles desaparecem se a água estiver demasiado quente ou demasiado fria, e o coral fica branqueado pois eles contêm a cor, eles dão ao coral as cores vivas e vibrantes que vemos, e então quando desaparecem, o coral torna-se branco e fica debilitado, e se o zooplâncton voltar, se a temperatura da água voltar ao normal e eles voltarem em algumas semanas, então o coral pode reavivar. Neste momento o coral está em risco de vida uma vez que várias regiões do recife de coral estão lixiviadas. Vamos ver porque fica esbranquiçado. Vamos avançar no tempo aqui, e podemos ver a mudança na temperatura. Olhem para esta água aqui. A água tornou-se muito quente lá pelo final de Janeiro. Continuando. Podemos ver a água quente a atravessar. Há alguma água mais fria, alguma mais quente; vou simplesmente andar mais um pouco. Aqui vamos nós. Entre meados e final de Fevereiro tivemos todo este amarelo, com água a 2° C, 2,5° C acima do normal, a descer em vastas áreas do recife, e neste lado aqui, e isto começa realmente a stressar o coral. Vamos continuar a avançar. E então, a água mantém-se quente, desce um bocadinho mas mantém-se quente, e começa a aquecer outra vez, especialmente nas regiões mais a norte, e pode ver o que acontece. Isto está em tamanho grande agora, e vemos que a água manteve-se quente durante um período de tempo prolongado. Aqui está, isto é outra vez 2,5° C. Tipo um par de graus mais quente do que o normal. Logo, o coral está próximo de um limiar a partir do qual vai ficar danificado. E ainda está muito quente, está quente em diferentes zonas, mas esperemos que arrefeça e dê ao coral uma oportunidade de recuperar. Talvez esteja a acontecer, vai ser como atirar uma moeda ao ar. Está estimado que após 50% do coral estar esbranquiçado, ele vai morrer. E o recife de coral é um dos maiores pontos ecológicos do planeta, da maior importância, é basicamente a floresta tropical do oceano, e estamos a vê-lo a morrer perante os nossos olhos por causa do aquecimento global abrupto.
Então, que mais podemos ver. Temos alguma química. Isto é o CO e o CO2 à superfície. No Hemisfério Sul, vamos afastar-nos um bocadinho, e podemos ver como os níveis variam com a latitude. Aqui em baixo estamos com cerca de 400 partes por milhão, numa média global de 406 ppm ou assim. Podemos ver áreas aqui que estão com um pouco menos. Vamos subir para outras latitudes. Isto é subir sobre a Ásia; claro que há fontes de poluição aqui, das cidades mais importantes.
Isto é óxido de carbono, que está muito mais alto, e também o dióxido de enxofre que está muito mais alto.
Vou voltar ao Dióxido de Enxofre. Se subirmos até ao Árctico podemos ver que os níveis lá não estão tão altos como sobre as partes da Ásia. O SO2 é muito importante porque produzimos muito SO2 a partir de processos industriais, de centrais energéticas e assim. Podemos ver as áreas de industria pesada que produzem muito SO2, pontos quentes sobre os quais podemos fazer zoom e assim.
A coisa com o Dióxido de Enxofre é que quando está na atmosfera, pode reflectir a luz solar e causar arrefecimento naquela zona, logo, esta é uma das coisas que, basicamente, causam escurecimento global, e se removêssemos todo o SO2, desligando a indústria de um dia para o outro removíamos o SO2, e aqueceríamos. É discutível o quanto aqueceríamos; talvez meio grau, talvez um grau, só por esse meio. Então, estamos a fechar centrais energéticas que são à base de carvão, e também precisamos de fazer o mesmo para o petróleo, precisamos de ir em direcção a fontes renováveis, mas vamos obter algum aquecimento por estarmos a remover o cobertor de SO2, estamos a limpar o ar e vai haver aquecimento resultante disso, e não o podemos evitar, mas não temos escolha. Temos que fazer isto. Há também informação sobre partículas aqui. Podemos ver o que está a acontecer. Isto é a Extinção de Pó; quando há muito pó no ar, isso vai bloquear a luz e o aumento na quantidade de bloqueio está representado nestas cores.
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Sobre a Sexta Extinção em Massa no Planeta ou Extinção em Massa do Antropoceno veja-se o blogue
A Sexta Extinção em Massa e o Fim da Humanidade
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José Maria Alves
https://gaia-o-fim-da-humanidade.blogspot.com/
https://homeoesp.blogspot.com/
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