Arbustos de fogo ardente
Braços de plumas agrilhoados
Príncipes do Nada pudibundos
Feras abatidas com palavras de aragem
Rugido de mar nos canaviais de gente
Asilada no pomo desfeito da nuvem dos dias
Abrigo
De pobres-loucos-rastejantes manchados de chagas pungentes cor-de-rosa
Olhos de devaneio incerto da anciã terra enegrecida por punhais das estepes
Salvação
O Senhor-do-Mundo bem sabe o que faz
Mata estropia banha-se no sangue quente da carroça de um só rodado
Ainda que não carregue o peso do delito exilado de subterrânea consciência
Tristão
Triste o boi sacrificado pela farpa despovoada de piedosos
E a canção renovada da música aquática
Desaparecida na névoa escura do mar sem fim
Almas de fogo ardente consumidas pela escarcha
Sem comentários:
Enviar um comentário