Sou no mundo o animal selvagem
Oculto em floresta de silvas e espinheiros
A água dispersa no coração
Do banquete de monstros e orquídeas
O vinho que enche as taças efervescentes
Das noites pecaminosas de luar
Sou a alma negra do tumulto
A afagar a morte com tranças de vidoeiro
O que espera na estrada sem berma
A aparição da doce aragem de romã madura
Que sulca os mares perdidos de sangue
Sem destino ou rumo na nau fantasma
O que se alimenta vorazmente do tempo
E sente que gota a gota se derrama
No oceano da vida que finda
Quando o Sol se põe
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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