As coisas sonham sonâmbulas
Tecidas pelo néctar das velas enfunadas
Pela neve cantadas
As montanhas escondem as colinas
As bailarinas sussurram à chuva amargurada de Outono
E a saudade acomoda-se na esperança
Louvado seja Deus que não tem de a ter
Que nada tem de ter
Bastando-lhe o vinhal lavrado de cachos doirados com que embriaga a Morte que assim não sabe o que faz
Vinho bebedor e escanção é o gamo que no bosque se refugia na linha recta
Das tranças de sarças
Jogo do destino envolvido em jade
Brilho de Lua nos outeiros alagados de cedros e sândalo
Na mesa de louça de barro por calcinar
Abre-se o coração à lei dos espelhos frondejantes
Também os homens nascidos na aurora
Tremem de frio azul devastados por fome sibilante
Com o céu a desmoronar-se em sonhos-pedaços-de-coisas
Sem comentários:
Enviar um comentário