O céu está cinzento mas o teu corpo brilha ao sol
Incendiando as florestas que te envolvem
Tudo sucumbe à tua passagem
Com as leves pegadas das sombras
A acariciarem as giestas de flor branco-puro
Espero-te no lado sombrio da noite
O coração despedaça-se na dúvida do consentimento
E a mente obsoleta insensível
Fervilha na Lua doirada
A banhar
Suave
Dócil
As estevas
Estou só
Na solidão
Sou a solidão
Estou só
No mundo
Sou o mundo
Abraço os seios da eternidade contra o meu peito sofrido e exangue
Sulco com o arado das mãos os teus cabelos ondulados
Graciosos a esvoaçar na quietude do espaço
Belos e serenos
Belos
Serenos
Como deuses
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