A barca é um cabo
Que o mar arrasta
A alma é um feitiço pesado
Que o barqueiro alastra
Um santo homem morre de fome
Enquanto Deus toca trombone
A verdade secreta está no umbigo
Vento e vácuo sem paciência
Nas masmorras já não há fogo
O orgasmo é aparência
O Sol brilha no fundo do poço
Raiva e ódio no mesmo moço
Aceita-te asno tal qual és
Erra em todas as direcções
Faz circular o sopro dos dez
Chama os mortos nos pontões
Assim morres hirto
Assim és assassinado
Degolado como um pito
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