uma locomotiva azul
mangualde
as bagagens comprimem-se na plataforma
um velho de samarra observa curioso o nosso trem reflectido nos seus olhos aguados
saudade de quem já não tem para onde ir
nem forças para partir
são belas as suas rugas talvez o sejam também as suas memórias
os botins quase desfeitos pelo tempo batem alternados no solo
é assim que os pobres aquecem os pés
um silvo partida
o tempo pára
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