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OS TRATAMENTOS SUGERIDOS NÃO DISPENSAM A INTERVENÇÃO DE TERAPEUTA OU MÉDICO ASSISTENTE.

ARTE

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

COVID 19 – PEDRO SIMAS E AS LENTES ZEISS CONTRA VÍRUS E BACTÉRIAS

 

COVID – PEDRO SIMAS E AS SUAS FAKE NEWS




Raramente vejo televisão. Raramente ouvi o Simas, que é uma espécie de ídolo do povo e do coronavírus, povo que é soberano nas audiências que gera na comunicação social, principalmente nas televisões.

 

Face à gravidade do que ocorreu – colaboração numa “mentira” gravíssima quanto à qualidade de protecção contra vírus e bactérias de uma determinada marca de lentes – decidi escrever, após cuidada investigação, um artigo fundamentado, tentando demonstrar que o Simas não é de modo algum competente para “informar” o povo no que respeita à pandemia de Covid.


***


No entanto, depois de ponderar melhor, e apesar do dito Simas dever ser confrontado com todas as suas contradições, fake news e ambição, decidi retirar o artigo:

1 – Na realidade, não tenho nada contra o moço;

2 – Sendo o artigo contundente, poderia parecer aos portugueses, que não gosto do Simas. Em termos estritamente pessoais não gosto nem desgosto: é-me indiferente;

3 - A pandemia de oportunidades não é o lugar próprio para comentadores sem poder decisório serem confrontados, principalmente quando se vive no meio de um povo acrítico e embrutecido, incapaz de distinguir factos de argumentos. É notório que qualquer crítica, por muito bem fundamentada que esteja, não produzirá quaisquer efeitos, mesmo no espaço mediático de jornais e televisões, que não o irão “censurar”;

4 – Por outro lado, sendo a maior parte dos meus leitores brasileiros, não se irão preocupar com as idiotices infantis de um português. Têm com que se preocupar – e muito – na sua terra. 


***


Se o conhecesse, creiam, ter-lhe-ia dado gratuitamente dois conselhos, antes que ele tivesse feito tão triste figura:

- Um homem em bicos de pé, tal bailarina, só consegue suportar o peso do corpo por escassos minutos, enquanto, que assente nos dois pés, se saudável, consegue atingir no mínimo 72 horas, apesar do esforço;

- A maioria dos que querem subir rapidamente na vida, descem tão baixo ou mais dos que criticam, acabando por chafurdar na lama.


***


Não pensem que nutro alguma animosidade contra o moço, não obstante tenha tido um comportamento infantilmente desprezível, até porque como já disse não tem poder decisório, nem me parece que influencie os decisores, desejando-lhe as maiores felicidades na carreira publicitária e política.


Quando muito, poderá influenciar o “povo” que o ouve. 


Eu sei que sim, sei que a falta de vergonha é uma característica da sociedade portuguesa.

Que as audiências exigem "quem saltite mais do que esquilo e de galho em galho seja artista".

A vida continua e “o povo tem o que merece”.


Um poema do saudoso Vasco Graça Moura, que é de todo aplicável aos tempos actuais.





***





Veja-se o artigo

HOMEOPATIA E COVID-19  - PREVENÇÃO E TRATAMENTO


E os restantes artigos citados no fim do mencionado artigo.


***



José Maria Alves

https://homeoesp.blogspot.com/

https://homeoesp.org/



6 comentários:

Anónimo disse...

Ola Dr José Maria

Lendo o que o senhor escreveu , procurei saber das declarações do senhor Pedro Simas sobre a pandemia.
O senhor sabe que no Brasil enfrentamos alem do vírus uma onda de irracionalidade e desrazão sem precedentes. Mesmo acostumado , mas não resignado, não deixo de me espantar diante das declarações do senhor Simas, ainda mais quando partem de um especialista no assunto.
Neste momento de apreensão , duvidas e incertezas sobre a pandemia ( a cada dia somos surpreendidos por noticias preocupantes que abalam um certo otimismo imposto) recomenda-se prudencia, principalmente quando opiniões dos especialistas no assunto podem , através dos meios de comunicação , influenciar o comportamento das pessoas. Preocupante.
Abraços do amigo João Sátiro.

JOSÉ MARIA ALVES disse...

Amigo João Sátiro

Lembro-me de ter visto o Simas pela primeira vez, há muito tempo, numa entrevista em que também estava um jornalista desportivo. Não conhecia um nem o outro. A conversa prendia-se com uma questão relativa ao cumprimento ou incumprimento de normas num jogo de futebol que havia sido realizado.
Ouvi uma parte da entrevista – não sei se está algures em vídeo –, e fiquei com uma óptima impressão do que me pareceu ser o virologista. O outro, para mim o comentador desportivo, metia os pés pelas mãos, exalava ignorância e nervosismo, gaguejava, falava um português péssimo, comia sílabas iniciais de algumas palavras, em suma, um verdadeiro tatibitate.
Um ou dois minutos volvidos percebi que afinal o virologista era o comentador desportivo e o comentador desportivo era o virologista.

Imagine o meu espanto.

A partir daí, apenas tive notícias do Simas quando me informavam das suas intervenções na comunicação social - contradições, desconhecimento dos factos e uma espécie de “subserviência”.
Intuí de imediato, que ele, como alguns outros, buscava palco, fama, e “tacho”.

No cabeçalho de uma entrevista para uma revista pode ler-se:
“O espaço mediático quer ouvir a sua voz. Uma voz avisada, credível, eloquente – mas muito simples. Todos o entendem. Por isso, as solicitações acontecem com toda a naturalidade do mundo, todos os dias, a toda hora. São os comentários, os webinars, as entrevistas para meios de comunicação de referência em Portugal e nos vários continentes. Na interpretação de Pedro Simas, 54 anos, cientista, o novo coronavírus e as mil e uma questões que desassossegam a população mundial têm sempre um racional, uma transparência, uma lógica acessível.”

Conhecendo algumas das suas intervenções, é também de espantar…

Agora é o próprio Pedro Simas que fala:
“Maldade é uma das origens possíveis para as notícias falsas, também conhecidas como “fake news”, mas não é a única. Um dos grandes problemas será mesmo a falta de informação de qualidade”.
Pedro Simas, identificado como investigador do IMM – Instituto de Medicina Molecular, na 15.ª Conferência Marketeer.

E ainda:
«Desconhecimento leva às “fake news”, as duas coisas estão relacionadas», afirmou Simas no palco do Museu do Oriente, onde se realizou uma conferência com transmissão em directo no portal SAPO.
Considerou que ensinar as pessoas a diferenciar as notícias e a verificarem a veracidade das mesmas é da maior importância.

No dia 19 do corrente mês, numa entrevista à SIC, fez um conjunto de afirmações polémicas e desajustadas, ignorando os factos e o estudo da Faculdade de Massachusetts que alterou o conceito de transmissibilidade, da carga viral de vacinados e não-vacinados, o novo estudo publicado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e divulgado pelo NYT, relativo à variante Delta, um primeiro aviso das Seychelles e um sério aviso de Israel, entre outros – matéria que pode ser vista nos nossos artigos deste blogue e em aditamentos aos mesmos.

Isto é mais do que normal no Simas e tem sido uma constante ao longo das suas intervenções.

(continua)

JOSÉ MARIA ALVES disse...

Continuação

Mas, o cientista eminente, o investigador honrado e informado, na sua ânsia de palco e talvez dinheiro, foi protagonista de uma CAMPANHA PUBLICITÁRIA em que a Zeiss afirmava – e o próprio cientista Simas por participação no anúncio – que a lente eliminava 99,9% dos vírus e bactérias potencialmente nocivos da superfície.
A Zeiss, após queixa fundamentada da Essilor, sua concorrente, foi obrigada a terminar com a campanha publicitária pela Auto Regulação Publicitária, que considerou as alegações falsas e enganosas, sendo tal campanha idónea a influenciar de “forma abusiva o consumidor”.

E relativamente ao Simas – vamos esquecer a Catarina Furtado, que pouco deve entender de vírus e de óptica –, referiu ser "eticamente mais censurável dado que esta personalidade tem 'entrado na casa dos consumidores' por via da comunicação social quase diariamente e sempre associado à situação pandémica em que vivemos, transmitindo e recomendando atitudes e comportamentos neste contexto, pelo que esta associação se afigura a este Júri de Ética particularmente grave e capaz de influenciar de forma abusiva o consumidor".

É também alvo de censura a participação do Simas num programa do Canal Saúde +, em que participa enquanto convidado, mas também numa segunda parte, publicitária, relativa às lentes da Zeiss: “Não se pode, assim, deixar de entender que as alegações comerciais efetuadas na segunda parte do programa, apesar de estarem identificadas com a menção "PUB", não se encontram devidamente separadas do programa de informação”, pode ler-se na deliberação.
Tenha-se em consideração que a alínea f) do artigo 46.º do Código da Publicidade não permite que se "faça referência a uma recomendação emanada por cientistas, profissionais de saúde ou outra pessoa que, pela sua celebridade, possa incitar ao consumo de dispositivos médicos".

O Jornal de Notícias contactou Pedro Simas que sublinhou ser um cientista e remeteu outros comentários sobre o caso para declarações tornadas públicas nos últimos dias, em que disse participar em “webinars de várias multinacionais no sentido de informar a comunidade da situação pandémica em que vivemos”.

Este é o Simas VIROLOGISTA, agora ARTISTA PUBLICITÁRIO E POLÍTICO, que também passou a pertencer à lista do PSD/CDS para as eleições à Câmara de Lisboa…
E andam por aí outros...

Razão tinha eu no que escrevi noutros artigos – no texto do artigo e em aditamento nos comentários.

(continua)

JOSÉ MARIA ALVES disse...

Continuação

Este é um momento em que centenas de cientistas e investigadores são “censurados” nos espaços mediáticos.

Mas a actuação do Simas – que me recuso a tratar como cientista – é particularmente grave e não é censurada.

Podemos perguntar ao Simas:
1 - Costuma estar atento aos estudos e comunicações internacionais? Não está ou ignora-os?
2 – Sabia ou não, que já existem estudos sobre a protecção adicional de usar óculos – como já referi em artigos anteriores? De “usar óculos”, Simas. Podem custar 2 euros ou 1000, que a protecção é a mesma.
3 – Sabia ou não, que que as lentes Zeiss têm a mesma protecção contra vírus e bactérias do que as vendidas nas lojas chinesas, com o benefício das vendidas nestas lojas já trazerem armação e custarem menos de meia-dúzia de euros?
4 – Se sabia que as alegações eram falsas e enganosas limitou-se a querer auferir uma quantia – não sei quanto… – para influenciar de “forma abusiva o consumidor”, numa atitude eticamente muito grave, a roçar o crime?
Usando as suas próprias palavras – ver supra –, foi protagonista de “fake news” por pura “maldade”?
5 – Ou não sabia e estava convencido que as lentes tinham realmente a protecção anunciada?
Então, e voltando a usar as suas próprias palavras, participou na geringonça por “desconhecimento” ou por “falta de informação de qualidade”?
É então um ignorante?
Um cientista ou artista publicitário? Alguém que se acredita no Pai Natal?
6 – Independentemente de tudo, conhecia ou não o disposto na alínea f) do artigo 46.º do Código da Publicidade, que não permite que se "faça referência a uma recomendação emanada por cientistas, profissionais de saúde ou outra pessoa que, pela sua celebridade, possa incitar ao consumo de dispositivos médicos"?
Se conhecia é grave.
Se não conhecia, sabe que nenhum cidadão, mesmo o pobre e iletrado pastor da Serra, não pode invocar a seu favor o desconhecimento da lei?
Ainda mais, sendo um tão eminente cientista?
7 – Tem consciência de que a sua resposta ao Jornal de Notícias é uma aberração e demonstra que se não quis fugir com o braço à seringa, pelo menos “quer fugir com o rabo”?
8 – Quando afirmou “que ensinar as pessoas a diferenciar as notícias e a verificarem a veracidade das mesmas é da maior importância”, não é o mesmo, face aos factos expostos, que afirmar:
- Por amor de Deus, não confiem no Simas?

Teria algo mais para dizer, Amigo Sátiro, mas chega, não vão pensar que nutro alguma animosidade contra o homem, não obstante tenha tido um comportamento vil.

Uma ÚLTIMA QUESTÃO dirigida aos órgãos de comunicação social:
Vão continuar a permitir que esta criatura continue a desinformar os portugueses, inundando com mentiras e "falta de informação de qualidade" as páginas de jornais e os canais televisivos?

Claro que vão – a isso os obriga o povo, que se está mal informado se fica a dever às próprias “escolhas” oportunistas da mesma comunicação social e acaba por “ter o que merece”.

Por isso, meu amigo, não vale a pena remar contra a maré, seja em Portugal seja no Brasil, seja em qualquer outro país do do Segundo Mundo B) ou do Terceiro.

Um Abraço deste seu amigo.

JOSÉ MARIA ALVES disse...

EFICÁCIA DAS VACINAS - ESTUDO NORTE-AMERICANO - VÍRUS QUE ESTÃO A CONTORNAR AS VACINAS

Um novo estudo, publicado pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, sugere que a eficácia das vacinas aprovadas contra a covid-19 foi reduzida para 66%. “Isso não é terrível, mas perdemos a chance que tínhamos de acabar com a pandemia”, apontam os investigadores.

“Demorámos muito tempo para ser vacinados e, agora que o vírus teve tempo para contornar as vacinas, as injeções têm aproximadamente 65% de eficácia”, advertem.

JMA

joao satiro disse...

Ola dr jose maria

Entendo que vamos ainda viver muitos sobressaltos com a evolução da pandemia. O virus, como bem o senho lembrou a partir do alerta dos cientistas chineses , é sensível a mutações e parece que sempre estaremos um passo atras de sua evolução. As vacinas são eficientes, mas não conseguem acompanhar as mudanças do aspecto mutacional dos vírus. Precisaremos de sempre mais mudanças e adaptações. Mas a questão que se coloca é ate quando poderemos fazer isso. Talvez tenhamos que mudar a forma de ação. Mas diante dos interesses econômicos envolvidos existe essa possibilidade?

Abraços do amigo joão Sátiro