HÁ UMA VAGA MÁGOA
No meu coração...
Como que um som de água
Suma solidão...
Um som ténue de água...
Memoro o que, morto,
Ainda vive em mim...
Memoro-o absorto
Num sonho sem fim,
Estéril e absorto.
Será que me basta
Esta vida em vão?
Que nada se afasta
Da sua solidão...
Nem de mim me afasta?
Não sei. Sofro o acaso
Da mágoa em meu ser...
Cismo, e há em mim o ocaso
Do que quis viver –
Sempre só o ocaso.
7/1916
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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