Morreu o filho do barbeiro,
Uma criança de cinco anos.
Conheço o pai – há um ano inteiro
Que me barbeia e nos falamos.
Quando mo disse, o que em mim há
De coração sofreu assombro
E eu abracei-o, incerto já,
E ele chorou sobre o meu ombro.
Nunca acho uma atitude plana
Na vida estúpida e tranquila;
Mas, meu Deus, sinto a dor humana!
Nunca me tires o senti-la!
3/1934
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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