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ARTE

sexta-feira, 16 de abril de 2010

FRANTISEK HALAS (1901-1949) - VERSOS







Tão cego
apesar da felicidade da vista
tão surdo
apesar do privilégio do ouvido

Uma folha ao vento só tu na romanza
o pássaro na rede Na chuva um cantar
um verme na rosa na esperança uma armadilha
lágrimas na garganta Nas tuas palavras sangue

Tão cego
apesar da felicidade da vista
tão surdo
apesar do privilégio do ouvido


Tradução de Ernesto Sampaio


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