Amo o bronze, o cristal, as porcelanas,
Os vitrais de esfuziantes cores,
Tapeçarias pintadas de ouro e flores,
Espelhos como águas venezianas.
Amo também as belas castelhanas,
A canção dos antigos trovadores,
Os corcéis da Arábia, voadores,
Da Alemanha as baladas mais arcanas,
O rico piano de marfim sonoro,
O ressoar do corne na espessura,
Do frasco esguio a tão fragrante essência,
E o leito de marfim, sândalo e ouro,
Em que deixa a casta formosura
A flor sangrenta da sua inocência.
Tradução de José Bento
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