Nos passos do assombro
Arquitectam-se muros
Nos lilases que sonham
A Terra vê-a deambular
Na artéria de uma só direcção
No sem-sentido das horas vadias
Num quarto andar
Um pincel movimenta-se
Contraponto mágico
De azul descorado
Anémico
As luzes apagam a vida
Eroticamente
Resta-lhes a festa do sexo
Da lua de sexta-feira
A descer o Chiado
24 de Julho
O Rio
A sorver o empedrado
Tóxico
Como aqueles dois polícias
Com medo dos ladrões
(os polícias só servem para chatear garotos e multar condutores)
Uma última pincelada
O quadro desfaz-se em partículas atómicas
Destelhadas
Ilógicas
Paranóia
Que a vida não vê
E é
http://www.homeoesp.org/livros_online.html
Arquitectam-se muros
Nos lilases que sonham
A Terra vê-a deambular
Na artéria de uma só direcção
No sem-sentido das horas vadias
Num quarto andar
Um pincel movimenta-se
Contraponto mágico
De azul descorado
Anémico
As luzes apagam a vida
Eroticamente
Resta-lhes a festa do sexo
Da lua de sexta-feira
A descer o Chiado
24 de Julho
O Rio
A sorver o empedrado
Tóxico
Como aqueles dois polícias
Com medo dos ladrões
(os polícias só servem para chatear garotos e multar condutores)
Uma última pincelada
O quadro desfaz-se em partículas atómicas
Destelhadas
Ilógicas
Paranóia
Que a vida não vê
E é
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