o carrasqueiro antigo
não há quem queira ser velho
se os trapos o são porque razão não o seremos nós também
vegeta a desídia no tempo narcotizam-se raízes no espaço
mães que concebem filhos para a insipiência do trabalho e efemeridade da ambição
amanhã é domingo
fato com ténue olor a naftalina
dia de banho na aldeia
a vitalina arejou a igreja
cravos rosas e crisântemos
mimos depositados em jarras
e uma mão-cheia
de cristãos-submarinos
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