Ah minha Dinamene! Assim deixaste
quem não deixara nunca de querer-te?
Ah Ninfa minha, já não posso ver-te,
tão asinha esta vida desprezaste!
Como já para sempre te apartaste
de quem tão longe estava de perder-te?
Puderam estas ondas defender-te,
que não visses quem tanto magoaste?
Nem falar-te somente a dura morte
me deixou, que tão cedo o negro manto
em teus olhos deitado consentiste!
Ó mar, ó céu, ó minha escura sorte!
Que pena sentirei que valha tanto,
que ainda tenha por pouco viver triste?
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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