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ARTE

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

NASRUDIN, JUIZ EXEMPLAR



Um comerciante em viagem entrou com a sua caravana numa cidadezinha do interior do país. Acometido por intensa cólica intestinal, não se conteve e fez as suas necessidades bem em frente ao templo.
Surpreendido por alguns populares, foi levado à presença do juiz, que era Nasrudin.
Este, perguntou-lhe:
“Era sua intenção ofender-nos com tal acto? Era sua intenção ofender a nossa sagrada religião e todos os que a professam?”
O comerciante respondeu:
“Não eminência, nunca. Respeito e sempre respeitei os costumes e crenças dos lugares por onde viajo. No entanto, padeci de tal dor de ventre, que não me consegui conter.”
O juiz olhou-o longamente e, perante a evidente sinceridade do réu, preparou-se para proferir sentença.
Perguntou:
“O que é que o senhor prefere? Um castigo físico ou uma pena de multa?”
“Uma multa, meritíssimo.”
Nasrudin, disse:
“Nesse caso, condeno-o ao pagamento de um denário.”
O comerciante retirou da sua bolsa uma moeda, outra e ainda outra, dizendo:
“Senhor, tenho apenas uma moeda de dois denários. Partamo-la ao meio ficando o tribunal com metade, assim se fazendo justiça.”
Nasrudin pegou na moeda de ouro, olhou-a calmamente e disse:
“Não! Esta moeda não deve ser partida. O tribunal arroga-se o direito de ficar com ela, concedendo ao réu o direito de no dia de amanhã voltar a fazer as suas necessidades diante da porta do templo.”


JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org

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