É fundamental o acto de olhar. Olhamos para as coisas imediatas e, preocupados em satisfazer as nossas necessidades básicas, olhamos para o futuro, colorido pelo passado. Essa visão é muito limitada e nossos olhos estão acostumados a ver aquilo que se acha mais perto de nós. Nosso olhar é tão limitado pelo tempo-espaço quanto nosso cérebro. Nunca olhamos, nunca vemos além deste limite; não sabemos como olhar através e além dessas fronteiras fragmentárias. Mas, os olhos têm de ver além delas, penetrando em profundidade e amplitude, sem discriminar, sem objectivar, sem fazer concessões; devem superar os limites das ideias e valores criados pelo homem e ser capazes, inclusivamente de transcender o próprio amor.
Haverá então uma benção que nenhum deus pode conceder.
Krishnamurti
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