Houve festa em casa de Nasrudin.
A mulher fizera um doce fabuloso.
Restaram apenas duas pequenas fatias
Que guardaram para o dia seguinte.
À noite, não conseguindo dormir,
Acordou a mulher:
“Ergue-te.
Temos algo de urgente para fazer.”
“Por amor de Alá, Nasrudin.
Caio de sono e cansaço.”
“Vem”, volveu o Mullá,
“Vamos comer o doce hoje.
Melhor é que esteja no estômago
Do que na cabeça,
Não me deixando repousar.”
JOSÉ MARIA ALVES
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