Dois monges lavavam-se no rio
Quando um escorpião aí caiu
Prestes a afogar-se.
Um deles pegou no animal
Com intuito de o salvar,
E picado foi antes de o firmar na margem.
Passados alguns minutos
Debatia-se de novo o escorpião
Nas águas serenas.
De novo o retirou
E de novo o bicho o picou.
O outro monge, sem querer acreditar
Em tanto descuido, disse:
- Não enxergas tu que é da sua natureza
Agir com fúria, agredindo sem motivo?
Não cuidas que te pode ser letal?
Porquê essa insistência?
- Se a sua natureza o conduz à agressão,
A minha é de agir com compaixão.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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