O que me garante que o meu pensamento não é uma ilusão gerada por qualquer ente desconhecido ou acidente fortuito? E se o for, tal como eu também o posso ser, a “verdade” cartesiana é também uma ilusão, fruto ou consequência de uma cadeia ininterrupta de ilusões. Ilusões não podem gerar certezas.
Partindo do princípio que existo, mesmo que deixe de pensar, como o tenho feito muitas vezes, ainda que temporariamente, continuo certo da minha existência.
E, se “eu penso, logo existo”, também “eu não penso, mas não deixo de existir” ou, “não penso e existo”.
JOSÉ MARIA ALVES
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