O ciúme prende-se com o sentimento de posse. Não queremos que outrem desfrute do nosso amor, amizade, afeição.
No ciúme, convertemos os outros em coisas, em bens susceptíveis do gozo do direito de propriedade. Nele, o único amor que existe é o amor-próprio.
Quanto maior o apego à “coisa” amada, maior o sofrimento do que perde ou duvida da fidelidade do seu “objecto”. É corrosivo, e até que o apego se desvaneça, o seu sujeito activo não pára de remoer pensamentos, que em muitos dos casos são meras confabulações.
Libertamo-nos do ciúme, quando nos libertamos dos apegos, e destes pela destruição do ávido “ego”. A reflexão não nos alivia ou liberta. Apenas nos vai dizendo, que não há nada que o justifique. E quanto mais o repetimos, mais repetimos os pensamentos que em círculo obsessivo assolam e absorvem o cérebro.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
Sem comentários:
Enviar um comentário