A nossa civilização criou conceitos irreais e ilusórios de amor, fruto da actividade mental. Nesta perspectiva ele é prazer, desejo, medo, ódio, ciúme, posse, ambição, apego, dominação, uma longa e pesada cadeia de argolas de aço que em vez de unir, dividem. É a angústia, o iminente sentimento de perda da aquisição passageira. É triste e contente, extasiante e depressivo, riso e lágrimas, memória do bom e do mau, do agradável e do desagradável. Na maior parte das vezes, dor psicológica.
JOSÉ MARIA ALVES
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