Dependerá de nós a paixão? Qual o tipo de paixão profícua ao desenrolar da vida? A que engendra a inveja, o ódio, o ciúme? A que enlouquece os espíritos fracos ou fortalece os asnáticos? Obviamente, que apenas a paixão sem objecto, a que incide sobre o tudo e o nada, o belo e o feio, o bem e o mal, o ganho e a perda, poderá pacificar a mente.
Há homens que não sabem viver sem paixões. Não são estas que os encontram, mas aqueles que as produzem na incauta atitude de aniquilação do tédio.
Há paixões que nos enclausuram patologicamente no nosso próprio interior, num ego enrijecido e fortificado. A inveja, o ciúme, a autocompaixão, os sentimentos de culpa, são destruidores, o mesmo se passando com a vaidade.
JOSÉ MARIA ALVES
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