Face ao sofrimento, o que importa não é destruir o pensamento, diz Russell, mas sim dar-lhe nova direcção, ou afastá-lo do infortúnio que o perturba.
O sofrimento é pensamento – referimo-nos aqui ao sofrimento psicológico –. Ora, cessando este, cessa aquele. Uma nova direcção pode constituir a substituição de um problema por outro, e o afastamento uma fuga. Se o pensamento cessa pela própria observação do padecimento e das suas mais profundas raízes, não há recalcamento, substituição ou fuga daquilo que é.
JOSÉ MARIA ALVES
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