Porque pálido e triste, meu rapaz?
Dize: porque tão pálido?
Ou, quando um ar jucundo não lhe apraz,
um ar triste – é mais cálido?...
Dize: porque tão pálido?
Porque silente e mudo, pobre jovem?
Dize: porque silente?
Ou, quando meigas falas a não movem,
ser mudo – é eloquente?...
Dize: porque silente?
Vamos, vamos!... juízo! O teu penar
que pode ter, que enleve?
Se por si mesma te não quer amar,
mais fria do que a neve...
o demónio que a leve!
Tradução de Luís Cardim
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