Rio cristalino
nos bosques de cardos,
lágrimas
dos peixes de ouro,
pranto, oh pranto,
sobre os precipícios.
Tão fundo é o rio
nos bosques de áruns
que se precipita
em voltas no abismo
- o rio estrondeia
por entre os loureiros.
Rio que eu amo,
leva-me, leva,
longe, tão longe,
pelo meio do campo,
sob as bátegas de chuva,
abraçado à amada.
Versão de Herberto Helder
Sem comentários:
Enviar um comentário