Cada noite é uma tortura ou um êxtase Náusea ou alegria de viver
Porque existo?
Existem flores nos prados quentes e muros que dividem desejos na areia ardente da tarde
O relógio não pára Envelhece repentino às Portas da Morte
Dêem-me música e um corpo vermelho mudo de gestos e palavras Um jardim oriental e um caderno com riscas e pautas um caderno musical
Uma valsa A fanfarra do Destino intocável no rápido acesso à eternidade silenciosa Melodia tocada a medo por dedos gangrenosos que se quer magnífica e esplendorosa como as túlipas nos canteiros de vidro
Existo só Triste e corajosamente só como a Polar
As conversas patológicas do café da esquina são suportáveis durante o tempo em que a ampulheta vazia se esvazia nas bocas imundas dos conversadores Apenas
Depois há que retornar às pedras frias da cobertura ao silêncio dos telhados inundados de antenas exóticas Aos pombos a desembarcar no terraço e ao deserto das folhas que se soltam dos braços inertes das árvores gigantes que ninguém vê
E porque as vejo sei que existo e existo para as ver
Se tivesse fé não as veria como vejo Veria Cristo Mas Cristo não é uma árvore enredada em magnífica sombra Cristo é só Cristo e nada mais
http://www.homeoesp.org/livros_online.html
Porque existo?
Existem flores nos prados quentes e muros que dividem desejos na areia ardente da tarde
O relógio não pára Envelhece repentino às Portas da Morte
Dêem-me música e um corpo vermelho mudo de gestos e palavras Um jardim oriental e um caderno com riscas e pautas um caderno musical
Uma valsa A fanfarra do Destino intocável no rápido acesso à eternidade silenciosa Melodia tocada a medo por dedos gangrenosos que se quer magnífica e esplendorosa como as túlipas nos canteiros de vidro
Existo só Triste e corajosamente só como a Polar
As conversas patológicas do café da esquina são suportáveis durante o tempo em que a ampulheta vazia se esvazia nas bocas imundas dos conversadores Apenas
Depois há que retornar às pedras frias da cobertura ao silêncio dos telhados inundados de antenas exóticas Aos pombos a desembarcar no terraço e ao deserto das folhas que se soltam dos braços inertes das árvores gigantes que ninguém vê
E porque as vejo sei que existo e existo para as ver
Se tivesse fé não as veria como vejo Veria Cristo Mas Cristo não é uma árvore enredada em magnífica sombra Cristo é só Cristo e nada mais
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