Quando damos nome a uma coisa, não a definimos, muito menos descortinamos a sua essência, que é o que faz que um ser ou objecto sejam uma coisa e não outra diversa ou semelhante.
As palavras não são as coisas. Porventura, não terão um significado, mas vários usos.
A palavra rotula o que vemos e faz com que os acontecimentos e circunstâncias da vida quotidiana não sejam originais e extraordinários. Ver não é formar juízos ou opiniões, analisar, imaginar ou interpretar; ver é observar sem que se recorra ao pensamento destruidor, é galgar as barreiras do espaço-tempo de um modo espontâneo e instantâneo, que nunca se reitera para que o novel possa florir e frutificar em cada momento.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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