Olho para uma mulher. Contemplo um rosto, lábios carnudos, olhos rasgados de longas pestanas, um sorriso aberto de dentes alvos contrastando com o negro dos cabelos, seios firmes, linhas onduladas e insinuantes de corpo em gracioso movimento.
Esta a resposta sensorial ao objecto da visão, o que é perfeitamente natural.
Depois entra em acção o pensamento. Imagino-me com ela, beijando-a, acariciando-a, consumando o acto.
É assim que floresce o desejo, impulso premente, em regra prazer originário da actividade mental.
Dizem que temos de nos libertar dele, controlando-o ou destruindo-o. Mas quanto maior o esforço nessa direcção mais o consolidamos. Vejam as inglórias práticas de sacerdotes e monges, que acabam por aniquilar a beleza, o amor, reforçando os pensamentos “obscenos” e favorecendo práticas “aberrantes”.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
Sem comentários:
Enviar um comentário