Olhes para onde olhares, no mundo tudo é vão!
O que hoje este constrói, um outro arrasará;
Onde hoje se erguem cidades, um prado nascerá
E nele um pastorinho e o gado saltarão.
O que hoje cresce viçoso, breve será pisado,
O que hoje tem vida e força será cinza letal;
Aqui nada é eterno, nem mármore nem metal,
Hoje a sorte sorri-te, amanhã cais prostrado.
Desfaz-se como um sonho a glória de altos feitos.
Vence o jogo do tempo, e os homens imperfeitos.
Ah, como é nada tudo o que quer valer mais,
Medíocre e mesquinho, sombra, vento e poeira,
Como uma flor do campo a que se perde a esteira!
Não se mostra o Eterno aos olhos dos mortais!
Tradução de João Barrento
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